A União Europeia (UE) apelou para uma resolução “rápida e ordenada” da crise política na Coreia do Sul, após a aprovação este sábado pelo Parlamento sul-coreano da destituição do presidente por declarar a lei marcial em 3 de setembro."A UE toma nota da decisão da Assembleia Nacional de destituir o presidente YoonSuk-yeol. É importante agora garantir uma resolução rápida e ordenada da atual crise política, em conformidade com a Constituição coreana", defendeu em comunicado a porta-voz do Serviço Europeu para a Ação Externa, AnittaHipper.

A porta-voz do serviço diplomático da União Europeia lembrou que a Coreia do Sul é “um importante parceiro estratégico para a UE”.

Os 300 deputados da Assembleia Nacional da Coreia do Sul participaram estesábado no processo de destituição, que resultou em 204 votos a favor da moção apresentada pela oposição para exonerarYoonSuk-yeol, 85 contra, três abstenções e oito votos nulos.

Após a recontagem, o presidente foi destituído das suas funções e o primeiro-ministro, Han Duck-soo, assume agora a chefia interina de Estado e do Governo, enquanto se aguarda a decisão do Tribunal Constitucional, no prazo máximo de 180 dias, sobre se Yoon Suk-yeol violou ou não a Magna Carta quando declarou a lei marcial em 3 de dezembro.

Se o Tribunal Constitucional determinar que sim, Yoon será o segundo presidente em exercício a ser desqualificado em democracia na Coreia do Sul.