O líder do PSD já está na Madeira para participar, amanhã, na Festa do Chão da Lagoa, onde deverá discursar ao lado de Miguel Albuquerque, presidente do PSD/Madeira.

Em entrevista à RTP-Madeira, o também primeiro-ministro de Portugal falou da nova Lei das Finanças Regionais, das questões da mobilidade e da salvaguarda do interesse dos madeirenses na privatização da TAP.

Sobre a nova Lei das Finanças Regionais que há muito é reivindicada pelas regiões autónomas, Montenegro apontou as linhas orientadoras desse importante diploma para a Madeira, garantindo “mais previsibilidade” e “maior capacidade de sustentabilidade” das finanças regionais, não deixando, contudo, de notar que tal implicará, também, uma “corresponsabilização” de todas as partes, nomeadamente do Governo da República e das regiões autónomas, estas últimas no que toca à sua própria gestão financeira.

Nós queremos que a nova Lei das Finanças Regionais dê mais previsibilidade e maior capacidade de sustentabilidade às finanças regionais e com isso possa haver uma corresponsabilização do Governo da República com as regiões autónomas, mas também das regiões autónomas com a gestão financeira das mesmas. Luís Montenegro, primeiro-ministro e presidente do PSD

Sobre a mobilidade, particularmente no que toca ao Subsídio Social de Mobilidade e a implementação da plataforma electrónica que garanta aos madeirenses o pagamento, apenas, dos 79 euros por viagem, o primeiro-ministro não se comprometeu com datas, salientando apenas que esse é um assunto que está a ser trabalhado.

Sobre a privatização da TAP e a salvaguarda do interesse dos madeirenses na prestação do serviço público, no que às ligações aéreas diz respeito, Luís Montenegro deixou claro que, o Aeroporto da Madeira está no conjunto de infraestruturas aeroportuárias que fazem parte do universo de operações de que o País e o Governo da República não abdicam no processo da privatização da TAP.

Salientado que se encontrava na Madeira na qualidade de líder do PSD e não como primeiro-ministro, Montenegro mostrou abertura para o diálogo e vontade em resolver os problemas da Região que dependem do governo central, não escondendo que são várias as “matérias que estão a ser trabalhadas”.

No sentido de tratar desses "vários assuntos", voltou a lembrar algo que já havia anunciado, na semana que agora termina, no debate sobre o estado da Nação, que se prende com a participação dos presidentes dos governos regionais da Madeira e dos Açores num dos Conselhos de Ministros do próximo mês de Setembro para abordar matérias de interesse para as regiões autónomas.