O Sindicato dos Jornalistas (SJ) emitiu uma nota neste sábado, na qual "lamenta que a gestão de Luís Delgado ao longo dos anos tenha tornado inevitável a decisão do Tribunal da comarca de Lisboa Oeste, conhecida ontem, que não aprovou a proposta de reestruturação da Trust in News (TiN) e coloca em risco títulos como a Visão, o Jornal de Letras, o Courrier Internacional, a Exame, a Caras e todos os outros títulos detidos pelo grupo, num total de 12 em risco de serem fechados".

Na nota da direção do SJ, refere-se que este "é mais um rombo na pluralidade jornalística e mais uma machadada no jornalismo livre e independente em Portugal", lamentando que "já não será suficiente dizer que é a democracia que está cada vez mais em risco e que assistimos ao triunfo da desinformação. É preciso responsabilizar os donos das empresas de comunicação social que não cumprem as obrigações mais básicas para com os jornalistas e dizer aos governantes que é urgente apoiar a comunicação social antes que seja tarde de mais", alerta.

Em termos de agenda, refere o sindicato que os trabalhadores têm "um plenário com a presença do administrador de insolvência na próxima segunda-feira, dia 21" e "nele se discutirão os caminhos possíveis nesta fase em que o fecho das publicações é um cenário provável, mesmo que os títulos ainda possam ser vendidos".

Neste momento, refere o SJ, resta expressar "toda a solidariedade e apoio aos trabalhadores da empresa, que há meses têm sido o único pilar que sustenta a empresa de Luís Delgado. A insolvência da TiN tem sido acompanhada de perto pelo sindicato, que desde a primeira hora disponibilizou todo o apoio através do departamento jurídico". conclui.