A Mota-Engil alcançou em 2024 o seu maior lucro de sempre, com o resultado líquido a crescer 8%, para 123 milhões de euros, revelou a construtora portuguesa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O volume de negócios do grupo liderado por Carlos Mota dos Santos também cresceu 7% face ao ano anterior, chegando aos 5951 milhões de euros, o que corresponde a um novo máximo histórico. Embora as receitas na área da construção na Europa tenham recuado 12%, os crescimentos de 15% em África e de 8% na América Latina foram mais que suficientes para gerar um novo recorde de faturação para a Mota-Engil.

“O forte desempenho em África, em especial no segundo semestre, reforça a confiança na tendência de crescimento em 2025 e mais tarde, particularmente com excelentes perspetivas de rentabilidade e dado que a carteira de encomendas para os próximos anos está garantida”, observa a construtora.

O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) avançou 14% em 2024, para 955 milhões de euros.

As contas anuais da Mota-Engil foram ainda marcadas por um novo máximo histórico na carteira de encomendas do grupo, que passou de 12,9 mil milhões de euros no final de 2023 para 15,6 mil milhões de euros no final de 2024.

A maior parte dessa carteira está no negócio de engenharia e construção, com 15,3 mil milhões de euros, dos quais 43% em rodovias, 27% em ferrovias, 25% em engenharia industrial e 5% em construção civil.

Os mercados africanos cobrem 65% da carteira de encomendas total da Mota-Engil, a América Latina responde por 27% e a Europa por 6%.

Por países, os mercados mais relevantes na carteira de encomendas da Mota-Engil são Angola (21%), México (20%) e Nigéria (13%).