Mostra da dupla Mariana Caló e Francisco Queimadela explora a “disjunção” entre os conceitos de ações e consequências à luz do presente. Pode ser visitada até 25 de novembro. 

A partir desta sexta-feira (dia 19 de julho) o Convento dos Capuchos, na Caparica, abre as portas à exposição multimédia “Carma Invertido” — uma mostra que, como o nome indica, questiona o papel que o princípio hindu das consequências futuras de ações e intenções individuais tem no tempo presente.

Da autoria de Mariana Caló e Francisco Queimadela, a exposição tem curadoria da arquiteta e curadora Susana Ventura. Insere-se no projeto “On Hybridity and the Poetics of Resistance” (Sobre o Hibridismo e a Poética da Resistência), dinamizado pela Contemporânea, uma editora de livros especializada em arte contemporânea, fundada em 2015.

Sob forma de instalação, pensada para ocupar vários espaços do Convento dos Capuchos, a exposição cruza vários formatos, desde fotografia ao vídeo, passando pela pintura e pela escultura. Além de obras originais e do catálogo anterior dos artistas, será ainda possível ver algumas criações dos artistas convidados Mattia Denisse e Von Calhau!.

Mais do que uma inversão ou negação, o título da exposição remete para uma “disjunção” da relação cármica entre ação e consequência, conforme em nota de imprensa. “São os elos de um sentido e partilha comuns, temporal (sendo o carma também o ciclo que une passado e futuro) e espacialmente (no mundo onde esse ciclo se atualiza, incessantemente), que se encontram hoje num processo acelerado de desarmonia irreversível”.

O evento de inauguração, previsto para esta sexta-feira, decorre entre as 17h e as 21h. “Carma Invertido” pode ser visitada até ao dia 25 de novembro, no horário de funcionamento normal do Convento dos Capuchos, estando já prevista uma segunda exposição algures em 2026.

Carolina Deslandes, Carlão e Nena atuam no Almada Forum