
Produção da companhia alemã Familie Flöz regressa aos palcos almadenses no próximo ano.
Pela segunda vez, a companhia alemã Familie Flöz foi escolhida pelo público do Festival de Almada para regressar aos palcos da cidade no próximo ano. A criação “Teatro Delusio”, uma comédia visual encenada com máscaras e sem palavras, foi distinguida pelo público como o melhor espetáculo da 42.ª edição do festival, conquistando 177 votos entre os 529 participantes.
O anúncio foi feito esta sexta-feira, dia 18 de julho, pelo diretor artístico do festival, Rodrigo Francisco, durante a sessão de encerramento do evento.
Bem conhecida do público almadense, a companhia alemã volta ao Festival de Almada em 2026, na 43.ª edição, graças à distinção de “Teatro Delusio” como Espetáculo de Honra. A companhia já havia recebido este prémio em 2019, com “Dr. Nest”, tendo regressado aos palcos do festival em 2022 com “Hokuspokus”, reforçando a ligação que mantém com os espectadores portugueses.
Ambientado no universo do “teatro dentro do teatro”, Delusio leva o público aos bastidores de uma companhia imaginária, onde, por meio de máscaras e sem recurso à palavra, se expressam as emoções, conflitos e fragilidades de quem vive para o palco.
Na eleição do público, o segundo lugar foi atribuído à criação francesa “Le gros patinent bien – Cabaret de carton”, da Compagnie Le Fils du Grand Réseau, que obteve 118 votos. O espetáculo, vencedor do Prémio Molière em 2022, abriu esta edição do festival com uma verdadeira epopeia através da Europa e dos séculos, comentada em direto com cartazes de cartão.
Em terceiro lugar ficou “El mar – Visión de unos niños que no lo han visto nunca”, dos espanhóis Xavier Bobés e Alberto Conejero. O espetáculo baseia-se na história real do professor Antoni Benaiges, assassinado no início da Guerra Civil de Espanha, que prometera aos seus alunos mostrar-lhes o mar, desejo que nunca conseguiu cumprir.
Os Prémios de Jornalismo Carlos Porto, entregues no âmbito do Festival de Almada, distinguiram Yaiza Cardenas (Grande Prémio), por um artigo publicado na revista espanhola Godot, Paula Barroso (Prémio Imprensa Generalista), da revista Visão, e Helena Simões (Prémio Imprensa Especializada), do JL – Jornal de Letras, Artes & Ideias.
Receberam ainda Menções Honrosas os jornalistas Mark Brown, do jornal escocês The National, Joana Moreira, do Observador, e Cláudia Páscoa, da agência Lusa.
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