O ator Carloto Cotta começa a ser julgado em outubro, no âmbito de um processo no qual é acusado de nove crimes, incluindo violação, sequestro e agressão, segundo avança o jornal Expresso.

As primeiras sessões estão agendadas para 2 e 9 de outubro, no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, em Sintra.

O caso remete para maio de 2023 e surgiu na sequência de uma queixa apresentada por uma mulher.

De acordo com o Ministério Público, os dois conheceram-se numa livraria e numa ida à casa do ator, na região de Colares, a mulher terá sido obrigada a praticar atos sexuais. Foi ainda agredida e impedida de deixar a residência, onde permaneceu presa durante mais de 24 horas.

Além da agressão sexual e sequestro, a vítima foi ainda alvo de humilhações e ameaças de morte, e para conseguir fugir, teve que escapar por uma janela do primeiro andar. Nesse mesmo dia, apresentou queixa na GNR e foi depois ouvida pela Polícia Judiciária.

Na altura, o ator negou todas as acusações e garantiu que houve apenas um envolvimento sexual consentido. A PJ, que acabou por investigar o caso, propôs o arquivamento do processo, mas a procuradora do Ministério Público decidiu avançar com a acusação.

Na contestação apresentada ao tribunal, o ator voltou a negar as acusações, segundo apurou o Expresso. A defesa alega que a relação foi consentida e que o ator só trancou a porta para impedir que os seus cães fugissem.

Uma cara conhecida da ficção nacional

Carloto Cotta, de 41 anos, nasceu em França, mas radicou-se em Portugal. Desde 2002 fez várias participações em telenovelas, filmes, séries e peças de teatro nacionais e internacionais.

A suas últimas participações foram na série "Glória" (2021) e "Élite" (2022) da plataforma de streaming Netflix. Em 2009 entrou no filme "Arena" do realizador João Salaviza, que venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Participou também em "Tabu" e as "Linhas de Wellington" (2012).

Na televisão fez parte do elenco das telenovelas "Ilha dos Amores", "Flor do Mar", "Laços de Sangue", "Santa Bárbara", "A Impostora", "A Teia" e "Prisioneira".