A Rússia libertou o professor norte-americano Marc Fogel, detido no país desde agosto de 2021, anunciou esta terça-feira a presidência dos Estados Unidos.
"Esta noite, Marc Fogel estará em solo norte-americano e reunir-se-á com sua família e entes queridos", disse o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Mike Waltz, num comunicado.
De acordo com mesmo comunicado da presidência norte-americana, Fogel já deixou o espaço aéreo russo a bordo de um avião com o enviado especial do Presidente norte-americano para o Médio Oriente, Steve Witkoff, que negociou a sua libertação.
Waltz salientou que a libertação do cidadão norte-americano representa um sinal da "boa-fé" da Rússia em negociar o fim da guerra na Ucrânia, iniciada pela invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, um dos objetivos anunciados pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
"O Presidente Trump, Steve Witkoff e os conselheiros do Presidente negociaram uma troca que serve como uma demonstração de boa-fé dos russos e um sinal de que estamos a avançar na direção certa para acabar com a brutal e terrível guerra na Ucrânia", afirmou Waltz.
Segundo o conselheiro de segurança nacional, Trump já negociou "com sucesso" a libertação de norte-americanos em todo o mundo desde que assumiu o cargo a 20 de janeiro, e "continuará até que todos os norte-americanos detidos sejam devolvidos aos Estados Unidos".
Marc Fogel foi condenado por posse de droga
O professor de história norte-americano de 65 anos foi detido em agosto de 2021 em Moscovo pelas autoridades russas, após ter entrado no país com canábis medicinal, tendo sido condenado a 14 anos de prisão em junho de 2022 por tráfico dessa droga.
"Durante o controlo aduaneiro, foram encontrados na sua bagagem marijuana e óleo de haxixe", referiram as autoridades, indicando que as drogas estavam "disfarçadas em embalagens de lentes de contacto" e "cartuchos de cigarros eletrónicos".
A família de Fogel manifestou-se "muito grata, aliviada e emocionada" pelo seu regresso a casa.
"Este foi o período mais negro e doloroso das nossas vidas, mas hoje começamos a sarar. Pela primeira vez em anos, a nossa família pode olhar para o futuro com esperança", afirmaram.
Moscovo não comentou de imediato a libertação do norte-americano.