
O secretário-geral do Juntos Pelo Povo (JPP), Élvio Sousa, disse este sábado que a proposta de Orçamento para 2025, da aliança governamental PSD/CDS, que começa a ser discutida na próxima segunda-feira, na Assembleia Legislativa Regional (ALRAM), “deveria ter sido debatida há pelo menos um mês, se tivéssemos um governo mais eficiente”.
No final da habitual reunião entre os órgãos dirigentes do JPP, militantes e simpatizantes para análise da proposta, um encontro que, desta vez, contou com a presença da candidata à Câmara do Funchal, Fátima Aveiro, Élvio Sousa classificou o Orçamento de “despesista” e afiançou ter elementos que suportam a sua crítica. “É uma pena o Governo Regional estar a utilizar o dinheiro dos contribuintes e dos empresários para aumentar a estrutura governativa”, destacou o líder da oposição.
Élvio Sousa lembra a criação de mais uma secretaria regional, para albergar o CDS, e os 3,4 milhões de euros “gastos em nomeações até à data de hoje, em técnicos especialista, uma situação inadmissível, nunca antes vista, em pouco mais de dois meses”, sublinha.
A discussão da proposta de Orçamento Regional inicia-se na próxima segunda-feira e prolonga-se até sexta-feira. O Grupo Parlamentar do JPP vai apresentar cerca de 30 propostas de alteração ao documento elaborado pelo PSD/CDS.
O JPP coloca o enfoque na redução do custo de vida, propondo a descida de um ponto percentual nas taxas geral e intermédia do IVA, baixando desta maneira o preço dos combustíveis, da luz e das telecomunicações; a recuperação do diferencial fiscal de 30% até ao 7.º escalão do IRS; o reforço de verbas para reduzir as listas de espera para consultas, exames de diagnóstico e cirurgias; mais oferta pública de habitação, implementando um plano emergente e utilizando não apenas as verbas do PRR, mas também uma parte do saldo global orçamental de 134 milhões de euros para construir mais casas. “É bastante preocupante a situação de milhares de famílias que têm emprego, mas não conseguem ter casa”, realçou Élvio Sousa. “A nossa proposta vai no sentido de o Governo contratualizar com todos os municípios a construção de habitação para a classe média, os jovens e a classe trabalhadora”.