Stellantis anunciou esta terça-feira que registou nos primeiros seis meses de 2025, um prejuízo de €2.256 milhões, o que compara com o lucro de €5.647 milhões registados no período homólogo de 2024.

O quarto maior grupo automóvel, revelou que tem sido muito afetado pelas tarifas norte-americanas, bem como pelas fracas vendas de alguns dos seus modelos recentes.

No comunicado a Stellantis adianta que estima que astarifas dos EUA vão custar cerca de €1,5 mil milhões este ano, dos quais 300 milhões foram registados no primeiro semestre de 2025. “A empresa continua fortemente empenhada em dialogar com os decisores políticos relevantes, enquanto prossegue com o planeamento de cenários a longo prazo”.

As receitas líquidas regrediram 13%, para os €74,3 mil milhões, face ao primeiro semestre de 2024, devido à quebra de 26% nas receitas na América do Norte, para €28.198 milhões. Para além disso, a redução da produção de veículos e componentes importados por causa das tarifas, também contribuiu para a queda das receitas.

Entre janeiro e junho a Stellantis vendeu 647.000 automóveis na região, quando tinha atingido 838 mil no mesmo período de 2024. Nota ainda para a queda de 2% das vendas na Europa, para os €29,241 milhões.

A compensar as perdas na América do Norte e na Europa, esteve a América do Sul, com um aumento da faturação em 5% na faturação, para €7,769 milhões, beneficiando do impulso das vendas na Argentina.

Em termos globais, o resultado operacional ajustado da Stellantis no primeiro semestre caiu 94%, para €540 milhões, o que representou uma margem de 0,7%, longe 10% alcançados no primeiro semestre de 2024.

“O ano de 2025 está a revelar-se um ano difícil, mas também de melhorias graduais. Os sinais de progresso são evidentes quando comparamos o primeiro semestre de 2025 com o segundo semestre de 2024, na forma de melhores volumes, receitas líquidas e AOI, apesar do agravamento dos fatores externos adversos. A nossa nova equipa de liderança, embora realista quanto aos desafios, continuará a tomar as decisões difíceis necessárias para restabelecer o crescimento rentável e melhorar significativamente os resultados”,disse em comunicado, Antonio Filosa, CEO da Stellantis.