
Após o prazo formal – 31 de Março - para a apresentação de denúncias de situações de abuso sexual na Igreja Católica, o grupo Vita, criado pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) para acompanhar estes casos, recebeu mais duas queixas, elevando para 130 o número de denúncias. Entretanto também surgiram mais 12 pedidos de indeminização.
“Temos 130 pedidos de ajuda até ao momento, 77 pedidos de ajuda de compensação financeira e até hoje foram ouvidas 43 pessoas, mas logo ao final do dia serão 44”, revelou Rute Agulhas, a psicóloga que coordena o grupo de peritos convidados pela Igreja, à margem de visita à Madeira.
Deslocação para estar presente na apresentação, amanhã, dos livros 'Podes Falar Comigo' e 'Julieta, a tartaruga que perdeu a carapaça', da autoria de Rute Agulhas e Jorge Neo Costa, publicações que abordam como devemos proteger as crianças e garantir que estas cresçam num ambiente seguro.
Mantém a previsão de até ao Verão estar concluída a ‘fase de inquérito’ para que ainda este ano possa estar em curso o processo de indemnização às vítimas que reclamam compensação financeira.
“Da nossa parte enquanto comissão de instrução, sim, até ao final de Julho, Agosto, todos os pareceres estarão entregues o que permitirá a entrada em funcionamento do segundo grupo que é quem vai definir montantes [a indemninizar].”
Entre os 130 processos há cinco relacionados com a Madeira. A coordenadora do grupo Vita reforça a expectativa de ainda este ano, estarem concluídos os processos e, consequentemente, a serem entregues as compensações devidas às vítimas.
A coordenadora do grupo Vita, criado pela Conferência Episcopal Portuguesa para acompanhar as situações de abuso sexual na Igreja Católica, fez também saber que ainda este ano serão lançados dois programas de prevenção de âmbito nacional.
“Posso adiantar e levantar aqui o véu e dizer que no dia 30 de Setembro vamos apresentar em Lisboa dois programas de prevenção especialmente pensados para a igreja católica em Portugal”, anunciou em entrevista ao DIÁRIO de Notícias.