
O Presidente dos Estados Unidos (EUA) ameaçou, esta segunda-feira, impor uma tarifa adicional de 50% à China se Pequim não desistir das taxas que impôs aos produtos norte-americanos em retaliação ao plano tarifário de Washington.
Donald Trump vai impor as tarifas adicionais - com efeitos a partir de 9 de abril - se a China não retirar as taxas de 34% sobre produtos norte-americanos até dia 8.
"Todas as conversações com a China relativas às reuniões solicitadas connosco serão encerradas! As negociações com outros países, que também solicitaram reuniões, começarão imediatamente", acrescenta Trump na publicação na sua rede social, Truth Social.
Horas antes, a bordo do avião presidencial, o Presidente dos EUA tinha defendido que as tarifas impostas são a única forma de curar défices financeiros que existem com várias economias, como a União Europeia ou a China.
Também esta segunda-feira, o presidente do Conselho Económico Nacional da Casa Branca disse que Donald Trump está a considerar implementar uma pausa nas tarifas, que seria aplicada a todos os países com a exceção da China, durante 90 dias, avançou a CNBC. Contudo, a Casa Branco desmentiu a informação pouco depois.
Trump volta a defender a imposição de tarifas, enquanto os mercados globais continuam a cair e os receios de uma recessão aumentam.
Estados Unidos vs China
Trump lançou, na semana passada, uma guerra comercial contra o resto do mundo, impondo uma taxa mínima de 10% sobre todas as importações. No caso da China, as taxas são de 34%.
Pequim 'não se deixou ficar'. Além de retaliar com taxas no mesmo valor sobre produtos norte-americanos, travou também um acordo para a venda do TikTok nos Estados Unidos.
Após a retaliação chinesa, o Presidente Trump disse estar disponível para negociar um acordo com a China, mas com uma condição: Pequim tem de "resolver o seu superavit".
A percentagem das exportações da China para os Estados Unidos, em relação ao total das suas vendas externas, caiu de 19,2%, em 2018, para 14,7%, em 2024.