
O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, reconheceu hoje que o falecido Papa Francisco teve "alguns desacordos" com a administração de Donald Trump, embora tenha minimizado a importância dessas críticas.
"Estou ciente de que ele tinha alguns desacordos com algumas das políticas da nossa administração. Também concordou com algumas delas", disse Vance à imprensa, acrescentando que o Papa Francisco 'era um grande pastor cristão' e que foi assim que escolheu recordá-lo.
"Não vou manchar o legado deste homem falando de política", adiantou.
O vice-presidente dos EUA garantiu que o Papa Francisco foi um grande "defensor" das "pessoas marginalizadas, dos pobres ou das pessoas com doenças", o que encarna a "verdadeira expressão do amor cristão".
Vance não confirmou se irá assistir ao funeral do Papa Francisco, uma vez que, de momento, a Administração Trump ainda não decidiu que representantes irá enviar a Roma, capital de Itália, para além de Trump. Questionado pela imprensa sobre o seu encontro com o falecido pontífice no domingo, um dia antes da sua morte, disse que pensa muito sobre o assunto.
"Obviamente, quando o vi, não sabia que lhe restavam menos de 24 horas na Terra", disse o vice-presidente dos EUA, acrescentando que foi 'muito louco' encontrá-lo na véspera da sua morte e que teve 'sorte' em poder apertar-lhe a mão.
Francisco teve um breve encontro com Vance na sua residência em Santa Marta no Domingo de Páscoa.
O vice-presidente dos EUA foi recebido durante o fim de semana pelo Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin e participou também na Celebração da Paixão na Basílica de São Pedro, presidida pelo Cardeal Claudio Gugerotti.
Nascido em Buenos Aires, o Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, de AVC, após 12 anos de pontificado, tendo a sua última aparição pública ocorrido no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.