![A Red Bull desconsidera preocupações sobre os palavrões de Max Verstappen em meio a conversas sobre a repressão da FIA.](https://homepagept.web.sapo.io/assets/img/blank.png)
As explosões de linguagem imprópria de Max Verstappen na rádio da equipa podem desagradar a algumas pessoas, dentro da garagem da Red Bull, ninguém está a perder o sono com isso. Enquanto a FIA considera um possível atraso ou interrupção nas transmissões de rádio dentro do carro para conter os palavrões, o técnico sénior de motores da Red Bull, Calum Nicholas, deixou claro: a linguagem colorida de Verstappen não é um problema para a equipa.
Posição Controversa da FIA: Censurar as Rádios das Equipas?
O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, insinuou recentemente potenciais restrições nas transmissões de rádio ao vivo da F1, citando preocupações sobre linguagem imprópria a ser transmitida para milhões de fãs, incluindo jovens espectadores.
“Vamos continuar e depois desligar as rádios das comunicações ao vivo? Talvez. Vamos atrasá-las? Talvez,” disse Ben Sulayem numa cimeira de oficiais da FIA.
Isso surge após Verstappen ter sido o primeiro piloto da F1 a ser penalizado sob o Código Desportivo Internacional revisto por ter proferido palavrões durante uma conferência de imprensa do Grande Prémio de Singapura na temporada passada.
Mas dentro da garagem da Red Bull, a reação é clara: isto é apenas parte do desporto.
Red Bull: “Não Levamos para o Lado Pessoal”
Nicholas, que está com a Red Bull desde 2015, desconsiderou as preocupações sobre as mensagens de rádio apaixonadas e por vezes agressivas de Verstappen, enfatizando a intensidade da corrida.
“Quando ouvimos os pilotos no rádio, no meio de uma corrida, no meio de uma batalha, a sua linguagem pode ser colorida,” disse Nicholas à talkSPORT.
“Acho que o importante a lembrar é que eles estão a operar naquela janela onde estão sob uma grande pressão.”
Para a equipa da Red Bull, o uso ocasional de palavrões por Verstappen não é um sinal de desrespeito—é simplesmente a emoção crua da competição.
“Nunca estamos na garagem a ouvir esses comentários e a pensar para nós mesmos, ‘Oh Deus, não posso acreditar que ele está a ser mau connosco.’”
Os Pilotos de F1 Devem Ser Modelos a Seguir? Nicholas Rebate
O argumento de Ben Sulayem para controles de rádio mais rigorosos é que os pilotos de F1 são figuras influentes com a responsabilidade de dar o exemplo aos espectadores mais jovens. Mas Nicholas acredita que essa responsabilidade recai, em última análise, sobre os pais, e não sobre os pilotos.
“Para mim, na verdade, como pai, acho que essa responsabilidade é minha—ensinar aos meus filhos o que é apropriado em alguns ambientes e o que não é apropriado em outros ambientes,” disse ele.
Nicholas, que tem uma filha de seis anos, apontou que a linguagem imprópria faz parte da vida, e os pais devem guiar os seus filhos sobre quando e onde certas palavras são apropriadas.
“Às vezes, quando as pessoas estão a usar uma linguagem colorida na garagem, há sorrisos enquanto o fazem. Isso não necessariamente indica o estado de espírito. É apenas uma palavra.”
A FIA irá realmente calar a rádio das equipas?
Por agora, as rádios das equipas da F1 continuam a ser uma visão não filtrada dos momentos de maior pressão do desporto. Enquanto as sugestões da FIA para adiar ou censurar transmissões têm gerado debate, permanece incerto se tal medida realmente melhoraria o espetáculo ou esterilizaria a emoção crua que torna a F1 tão cativante.
Uma coisa é certa—a Red Bull não está preocupada com as palavras de Verstappen. A sua explosividade ao volante é o que mais importa, e dentro da garagem, isso é a única coisa que conta.