Depois da parceria alinhavada com o Flamengo ter caído por terra, após a mudança de direção no emblema brasileiro, a SAD do Leixões estará perto de fechar acordo com um novo parceiro, segundo revelou o presidente André Castro, em declarações ao Canal 11, à boleia de uma pergunta sobre o futuro treinador.

"Não há nenhuma hipótese em cima de mesa. Estamos com a possibilidade muito avançada de entrar um parceiro novo para a SAD e temos tudo em stand-by. Pensávamos ter encontrado a solução com o Flamengo, não se concretizou, mas continuámos a trabalhar no mesmo sentido e acho que agora temos um parceiro que nos vai ajudar a colocar o Leixões onde a cidade de Matosinhos precisa e onde os leixonenses estão à espera", revelou o dirigente, antes de traçar o perfil do próximo treinador com base nos objetivos do emblema de Matosinhos.

"Tem de ser ambicioso, porque a ambição do Leixões é muitas vezes superior à realidade. Tem muito a ver com os adeptos e com a essência do clube. Para estar na 2.ª Liga, tem de ganhar, ganhar e ganhar. É um clube que obriga a que tenha de estar o mais rápido possível na 1.ª Liga", sublinhou, já depois de assumir a responsabilidade pela época desapontante.

"A nossa perspetiva para esta época era de fazermos um campeonato bem acima do que fizemos. Foi uma época dececionante para quem estava por dentro das ambições do projeto. Com o esforço orçamental que fizemos, esperávamos bem mais", disse, prosseguindo: "Eu falhei redondamente. Sou o principal e único responsável, porque todas as escolhas tiveram o meu aval. Houve vicissitudes que nos levaram a esta quebra, porque no primeiro terço da época, estivemos sempre nos seis/oito primeiros."

Para André Castro, a queda da parceria com o Flamengo acabou por afetar a equipa. "Nós tínhamos uma parceria para a possível entrada do Flamengo no Leixões e essa entrada dependia muito da continuidade do Landim. Ele perde as eleições no início de dezembro e senti que mexeu com todo o grupo e que houve uma quebra em vários jogadores influentes na equipa. No virar do ano, faço um comunicado em que digo qual era o objetivo real para a época, que era a subida. Tentei puxar pela equipa naquele momento, mas senti que não ia dar."

Já sobre a saída de José Mota para o AVS SAD, confessou: "Já tínhamos garantido a permanência e o José Mota já tinha tido esse convite oito semanas antes. Mesmo num ciclo em que estivemos sete jogos sem ganhar, ele falou-me desse convite, mas disse-me que só saía quando a equipa estivesse safa. Conseguimos a permanência que não era o objetivo, nem foi o objetivo quando contratámos José Mota. Fizemos reajustes no plantel conforme o treinador pediu para conseguir voltar a subir na tabela, mas não conseguimos. Após a permanência, dei total abertura ao José Mota para aceitar o convite."