
— O que espera deste dérbi com oBoavista, determinante para as duas equipas?
— Boavista demonstrou na última partida que quer lutar até ao final pela permanência. O jogo tem todos os condimentos contra um adversário que joga para atingir objetivos importantes, mas nós também jogamos por coisas importantes. Também pelo facto de faltarem apenas duas jornadas para o final da Liga, queremos ganhar os dois jogos que restam. Aprendemos com o último jogo em casa [Moreirense], frente a um adversário que também jogava coisas importantes. Vamos dar o máximo, sabemos o que vale o rival, mas queremos estar à altura.
— O jogo é de vida ou morte para o Boavista. Também o é para os seus jogadores? Já agora, qual é a sua visão do dérbi entre Benfica e Sporting?
— As equipas conhecem todo o contexto do jogo, estão a jogar por coisas importantes. Mas nós também estamos a lutar por coisas importantes. Sabemos que não temos possibilidade de lutar pelo campeonato, mas é importante ganharmos os jogos que faltam. Todos sabem o contexto. É um jogo em que temos de competir, dar o nosso máximo, sabendo de tudo aquilo por que joga o nosso adversário, mas queremos estar à altura da partida. Nós entendemos que cada jogo em que o FC Porto não se joga pela vida ou pela morte. Isso são coisas mais importantes. Mas tem a obrigação de competir ao máximo. É o momento de aprender a partir do último jogo fora. O jogo dos rivais? Não sei...
— Em que ponto está a recuperação de Diogo Costa? É possível contar com o titular da baliza para o dérbi?
— Penso que poderá estar connosco neste jogo. Nenhum jogador que não esteja a 100% pode jogar pelo FC Porto. Vai estar competitivo, como sempre.
— Esta semana ficou marcada pela renovação do contrato de Rodrigo Mora, a compra de mais 15 por cento do passe de Samu e do passe do Nehuén Pérez. Que importância têm essas operações e até que ponto isso mexe com os jogadores?
— O Samu e o Nehuén chegaram este ano a esta instituição. Comprou-se mais do passe do Samu, o Rodrigo Mora é um jogador formado em casa, portanto, é uma situação diferente. Parece-me que é um voto de confiança aos três, mas no caso do Rodrigo Mora não há nada mais bonito para um clube do que ver um jogador formado em casa vestir esta camisola. Vamos poder tê-los mais tempo connosco. Tiveram diferentes evoluções, momentos altos e baixos, mas confiamos neles e consideramos que são importantes para a próxima época.
— Qual é a sua reação ao acordo entre Cruz Azul e FC Porto? Foi um peso que lhe saiu dos ombros?
— Estamos a falar de um assunto pessoal... É um tema sensível. Dizem que o tempo cura tudo, mas um dia gostaria de me sentar e pensar sobre esta situação, que se comunicou e resolveu nestes dias. É um rema sensível, que tanto marcou os meus, a minha família, por muito tempo. As coisas são como são. No dia em que me apresentei aqui, disse que havia um acordo, que não foi respeitado. Depois, houve uma entidade a decidir o que se devia fazer para resolver o acordo. E resolveu-se pelo valor do acordo, porque realmente havia um acordo, por isso, por favor, parem de mentir. A insolvência, o contrato de exclusividade... Parem de mentir. Vamos ser transparentes, que falem com transparência. Não quero ir contra o meu clube anterior, porque o carinho que tenho pelo clube e pelos adeptos é enorme... por isso é que digo que foi um tema tão sensível para mim. Preciso de tempo.