Antony, jogador do Manchester United de Ruben Amorim e emprestado ao Real Betis, concedeu uma entrevista à DAZN e falou sobre o clube de Sevilha e a pressão no futebol.

O extremo não tem dúvidas de que a saída por empréstimo era o que necessitava, dizendo: «Precisava de encontrar-me comigo mesmo e de ser feliz. A cada dia que passa acredito que foi a melhor decisão que poderia ter tomado. Aprendi muitas coisas boas no Manchester United, mas também tinha ali muitas coisas más

O brasileiro falou também sobre a pressão exercida sobre os futebolistas, mas garante que está habituado, afirmando: «Quando me perguntam pela pressão, digo sempre que pressão tinha na favela, quando não tinha chuteiras para jogar. Às vezes ia para a escola de manhã e não comia. Olho sempre para trás quando passo por coisas difíceis.»

Atualmente pretende continuar a «representar todos os que ficaram na favela» e diz que ainda se lembra de quando jogava «contra traficantes, com todos.» Acrescentou que: «Tinha medo, mas sempre tive uma personalidade muito forte.»

Ainda falou sobre Sevilha e as semelhanças com o país natal: «Sevilha lembra-me muitas coisas do Brasil. O sol, a comida, as pessoas... É muito importante para as pessoas que vêm do meu país», declarou.

Recorde-se, o Betis eliminou o Vitória SC da Europa Conference League, depois de um empate (2-2) em Sevilha e uma vitória (0-4) na casa dos vimaranenses. Pelos béticos, Antony soma quatro golos e cinco assistências em 11 jogos.