O calendário da Taça de Portugal feminina ditou a reedição da final da edição transata logo na 4.ª eliminatória, desta feita não no Jamor, mas no Seixal, onde Benfica e Racing Power protagonizaram uma partida equilibrada, com cinco golos e triunfo das encarnadas (3-2), que assim se mantêm em prova e continuam a defender o troféu – são detentoras de campeonato e das duas Taças, de Portugal e da Liga.

O emblema visitante entrou corajoso e controlou os primeiros dez minutos, mas sem o poder de fogo que desejava, o que permitiu ao Benfica ganhar fulgor, progressivamente, e abrir o marcador aos 15 minutos, através de um livre lateral cobrado em jeito por Anna Gasper, e que contou com um contributo inadvertido da guarda-redes Mika Bihina, que se estirou bem para efetuar a defesa, mas errou na colocação das mãos, entre as quais a bola acabou por passar e permitir o 1-0.

As águias controlaram a vantagem com tranquilidade e aos 35’ o duelo entre Gasper e Bihina repetiu-se, com a alemã a cruzar colocado e a encaminhar a bola para o ângulo superior esquerdo, mas a camaronesa redimiu-se do erro que havia cometido no lance do golo e correspondeu com excelente intervenção.

O Benfica chegaria, ainda assim, ao segundo golo antes do intervalo: aos 44’, mais precisamente, graças a um remate indefensável em zona frontal de Andreia Norton – que já havia conquistado o livre que deu origem ao golo inaugural – depois de ser solicitada por Nycole Raysla à entrada da área. Porém, o jogo não estava ainda resolvido: o Racing Power, finalista vencido da última edição, regressou para a segunda parte disposto a lutar pela eliminatória.

As visitantes estiveram próximas de marcar através de Marta Ferreira, que invadiu a área benfiquista e atirou ao poste esquerdo, aos 50’, quinze minutos antes de finalmente passar da intenção à prática e reduzir para a diferença mínima, tirando proveito de uma descoordenação entre Laís Araújo e Lena Pauels, com um atraso para zona a descoberto que Vanessa Marques aproveitou para finalizar.

Galvanizado, o Racing Power continuou a procurar a baliza encarnada e foi premiado aos 71’ com uma iniciativa individual de Marta Ferreira pela direita, a partir de onde colocou um cruzamento-remate cuja trajetória ludibriou Pauels e confirmou a igualdade. A perspetiva de tempo extra acordou o Benfica, que aos 76’ proporcionou o terceiro duelo entre Anna Gasper e Mika Bihina, que a guarda-redes voltou a vencer com excelente defesa.

As águias apertaram a malha e com isso evitaram a meia hora adicional graças a Mimi Alidou, que se antecipou à guarda-redes contrária e correspondeu de cabeça a um cruzamento bem medido de Lúcia Alves aos 87’ e sentenciou o apuramento, em esforço, das águias, para a eliminatória seguinte.