Instantes após ter sido eleito o novo presidente do Comité Olímpico de Portugal, sucedendo ao falecido José Manuel Constantino – e a Artur Lopes, presidente transitório durante seis meses – Fernando Gomes falou à imprensa presente e assumiu a alegria por uma vitória num processo eleitoral equilibrado depois de um longo mandato noutra instituição como a Federação Portuguesa de Futebol.

«A sensação da vitória é sempre positiva. Aliás, seguindo o nosso tema, sabemos fazer e fazer vencer, foi esse o nosso tema, o nosso mote, e portanto a sensação é sempre muito positiva quando vencemos qualquer competição. Neste caso concreto foi uma eleição, tivemos a felicidade de saber passar a nossa mensagem, que foi ao encontro da maioria das federações desportivas, e portanto, acima de tudo que hoje seja um momento, digamos, de união a partir de amanhã», declarou, determinado.

Fernando Gomes deixou uma mensagem de união – após a eleição, já não existem adversários, mas sim uma instituição para dignificar. «Já não existem federações da lista A ou da lista B. Existem federações olímpicas, não olímpicas, federações do todo o Comité Olímpico, e é isso que vamos procurar agregar o mais rapidamente possível. Aquilo que sempre dissemos em todas as nossas intervenções foi no sentido de criar as melhores condições possíveis para que os atletas tenham uma preparação competitiva», deixou, como repto para o seu mandato.

O agora presidente do COP garantiu, assim, que a bipolarização destas eleições chegou ao fim no seu mandato. «Não entendo a questão que se está a colocar de bipolarização porque somos pessoas do desporto, com funções diferentes, passados diferentes, experiências diferentes, um ex-secretário de estado e um ex-presidente de uma federação desportiva. Sinceramente creio, com a experiência que tenho à frente de uma federação, que estão criadas as condições para agregar todas as entidades», concluiu, no início de uma nova era na instituição.