Ao fim de 120 jogos e no dia em que comemora 14 anos à frente da Seleção Nacional sub-21, Rui Jorge aceitou o desafio de responder às questões lançadas pelos atuais jogadores, mas também pelo seu primeiro capitão, Diogo Amado, assim como de André Almeida, ou dos seus adjuntos... que não entravam nas suas contas.

"Principalmente como treinador, estar 14 anos no mesmo lugar, é muito pouco vulgar, não era essa a minha expectativa de início, mas fico muito contente que se tenha desenvolvido assim", começou por assumir Rui Jorge, que reconheceu ter jogos marcantes neste percurso: "Naturalmente, os mais dolorosos foram aqueles em que estivemos perto de conseguir um dos nossos principais objetivos, que é vencer um Europeu sub-21. Tendo atingido duas finais, são momentos altamente dolorosos."

Admitindo ser admirador de Guardiola, Wenger e Mourinho - "Foi um dos adjuntos quando eu estava no FC Porto, foi alguém que trouxe uma lufada de ar fresco no que era o treinador português" -, assumiu, com um sorriso, o que não pode faltar numa equipa sua: "Paixão."

A finalizar, a pergunta sacramental, feita pela sua equipa técnica. "Convocarias o Rui Jorge para esta seleção?", questinou Romeu Almeida, seguido de Alexandre Silva - "E o Romeu?" - e por fernando Brassard: "E já agora convocarias-me a mim para a baliza?". O selecionador não desarmou.

"Não (risos). Estes miúdos jogam muito bem, são grandes jogadores. Acho que não se podem comparar gerações, tive o meu momento na seleção sub-21, mas estes hoje em dia dia são todos melhores jogadores. Mais completos, mais bem preparados. Estamos muito bem servidos, não precisaríamos de um Rui Jorge a defesa-esquerdo nos sub-21. Muito menos de um Romeu (risos). E o Brassard também não. É muito baixo parta ser guarda-redes hoje em dia."