
A boa temporada que o Estoril tem vindo a realizar tem causado agrado no seio do emblema da Linha de Cascais e também de quem conhece bem a casa: Joãozinho, que representou o clube entre 2020 e 2023 e capitaneou os canarinhos até à sua saída, regressou ao Estádio António Coimbra da Mota para assistir ao encontro frente ao Benfica e, apesar do resultado desfavorável (derrota por 2-1) e, em conversa com A BOLA, mostrou-se satisfeito por ter revisto amigos em ambos os lados.
«Aproveitei para fazer o dois em um – fui ver um bom jogo de futebol e também rever muitas caras amigas e conhecidas, tanto de um lado como no outro. No Benfica, também tinha o Tiago Gouveia e o Bruma, que jogaram comigo, e no Estoril, já nem tanto jogadores, mas mais na estrutura e no staff diretivo, que são muito queridas. Foi bom vê-los novamente», afirmou.
Joãozinho, que deixou o Estoril há pouco mais de ano e meio e ainda hoje é visto como uma referência no clube, mira com satisfação a época do Estoril e mostrou-se muito bem impressionado com o trabalho realizado por Ian Cathro na sua primeira época, na qual vai dividindo o oitavo lugar da Liga com o Casa Pia.
«Acredito muito em projetos e acho que não é por haver uma fase menos boa em qualquer equipa que se deve logo trocar tudo e todos. Acho que o Estoril deu estabilidade ao treinador e o trabalho está à vista, acho também que foi uma escolha muito acertada por parte da direção», elogia o jogador de 35 anos que agora representa o Oriental.
O lateral esquerdo recordou as dificuldades que o emblema da Linha de Cascais atravessou e enalteceu a convicção da administração em garantir estabilidade ao seu treinador. «Foi uma época que não começou fácil, depois da eliminação da Taça de Portugal houve muita contestação em torno do mister, uma contestação até grande, mas ele deu a volta pelo seu trabalho e pela maneira como a equipa joga, o futebol positivo e atrativo que tem», avaliou.
«Acho que [Ian Cathro] valorizou muito a época do Estoril e aqui também tem de se valorizar o facto de a estrutura do clube não ter tremido e não ter despedido o treinador à primeira dificuldade, pois colheu os frutos mais tarde», vincou.