Maísa Correia é encarada como uma aposta de futuro… mas já muito útil no futuro, como o refletem os 51 jogos realizados como sénior pelo Sporting, onze deles no decorrer da presente época. A veloz extremo agradece à estrutura do clube verde e branco, que facilita a integração de quem ascende a partir das equipas de formação – B e sub-19 – que, realça, «sabem o que é o Sporting» e estão preparadas para corresponder.

Ainda muito jovem, a Maísa foi titular em quatro dos seis jogos que realizou esta época. Com apenas 18 anos, já se sente uma peça importante na equipa principal do Sporting?

Não diria que sou uma peça importante mas acho que, quando entro, tento sempre fazer diferença e tento sempre ajudar a minha equipa, é isso que eu tenho em mente.

Joga num setor em que o Sporting tem muita qualidade - um ataque composto por jogadoras internacionais pelos seus países que, independentemente de quem joga, é muito forte. Como olha para essa concorrência? Acabas por conseguir jogar e aprender ao mesmo tempo?

Claro que sim, acho que só pode ser bom para mim, porque acabo por exigir mais de mim, por crescer e evoluir com elas e que tenho apenas 18 anos e tenho todo o tempo. Então, acho que este é o momento perfeito para evoluir e crescer mas, como é óbvio, quero sempre ser titular e jogar todos os jogos.

Estava num grande momento de forma até se lesionar – bisou frente ao Clube Albergaria e já registava três golos e uma assistência até ser obrigada a parar? Sente que estava no seu melhor?

Sinceramente não, mas também acho que agora não estou no meu pior. Acho que há muitas coisas que ainda posso melhorar e dar à equipa.

E a lesão está ultrapassada? Espera voltar ao nível em que se encontrava?

Estou perto de voltar ao campo, claramente que quando voltar não será igual a antes de lesionar porque quando te lesionas nunca é a mesma coisa quando se volta, mas vou dar o meu melhor para voltar a ser titular e jogar. Tem sido fácil até, porque estou mentalizada que enfim, é uma lesão, acontece a todas as jogadoras e se eu me precipitar não vai correr bem quando voltar para dentro de campo pois a probabilidade de voltar a lesionar-me é grande. Por isso, estou a fazer as coisas com calma e não a pensar que tudo é negativo, porque se aconteceu foi por alguma razão e estou tranquila com isso.

No que respeita ao futuro, a Andreia Bravo já chegou à Seleção A e, tal como a Maísa, é muito jovem. Chegar à seleção principal é um objetivo dentro de não muito tempo, tendo em conta o clube que representa e o seu potencial?

Claro que sim, a Seleção A é um objetivo para mim. Neste momento o meu objetivo é recuperar na totalidade e conseguir ir às sub-19, à segunda ronda de apuramento para o Europeu, mas tenho sempre em conta que se um dia for chamada à equipa, farei o que é preciso.

Conquistar os títulos em disputa para o Sporting – campeonato, Taça da Liga e Taça de Portugal - e disputar o Europeu de sub-19 são as próximas metas?

É o mais próximo, sim. Não posso dizer que o meu sonho seria ir ao Europeu como a Andreia, porque nunca cheguei treinos lá na Seleção A, nem nada disso (sorri), por isso sim, acho que o objetivo está nas sub-19 e em ganhar tudo pelo Sporting.