O Manchester United anunciou esta quinta-feira uma reestruturação significativa. Jason Wilcox foi promovido a diretor de futebol, enquanto Dave Brailsford, até agora uma presença influente nas decisões estratégicas, se afasta das funções executivas que tinha em Old Trafford.

Wilcox chegou aos Red Devils em abril de 2024, proveniente do Southampton, onde desempenhava o cargo de diretor técnico. Com uma curta carreira internacional - três internacionalizações pela seleção inglesa -, passa agora a liderar as operações relacionadas com o futebol ao lado do diretor executivo Omar Berrada.

A promoção oficializa praticamente um papel que já vinha sendo assumido desde a saída de Dan Ashworth, em dezembro. A escolha reflete a confiança da nova administração liderada por Jim Ratcliffe na capacidade de Wilcox para identificar talento e modernizar os processos de recrutamento do clube, especialmente através da integração de dados analíticos nas decisões de mercado.

«Para mim, Jason é alguém que está na linha de frente», afirmou Ratcliffe numa entrevista recente ao The Times. «Ele dirigiu a academia do Manchester City e Txiki Begiristain [diretor desportivo] achava que ele tinha os melhores olhos em todo o clube clube. Ele sabe o que está a funcionar e o que não está, tem opiniões fundamentadas sobre jogadores, sistemas e futuras contratações.»

Ratcliffe reforçou ainda a importância da tecnologia como complemento ao trabalho humano. «O que ele não pode fazer é assistir a todos os jogos. Mas o computador pode. E é essa combinação que nos dá vantagem, como fizeram Brighton e Brentford», lembrou o responsável.

Por outro lado, Dave Brailsford, figura-chave desde a entrada de Ratcliffe no capital do Manchester United, em dezembro de 2023, deixa de estar envolvido nas operações quotidianas. Aos 61 anos, permanecerá como membro do conselho de administração e continuará a atuar como consultor, mas o foco das suas funções será redirecionado para outras áreas do universo INEOS. A partir de agora, Brailsford dedicará maior atenção à equipa de ciclismo INEOS Grenadiers e ao Nice, clube francês também detido pelo grupo de Ratcliffe.