
Miguel Oliveira encontra-se num momento decisivo da sua carreira, com duas potências do MotoGP — Yamaha e Aprilia — interessadas em garantir os seus serviços, mesmo enquanto o Mundial de Superbikes (WSBK) espreita discretamente como possível novo destino.
A temporada com a Pramac tem sido particularmente difícil: 23.º no campeonato e com apenas 6 pontos somados até agora. No entanto, o histórico do piloto português, com cinco vitórias na categoria rainha, mantém-no como um dos nomes mais respeitados e cobiçados do paddock.
Os rumores de uma possível saída da Pramac em 2026 vieram adicionar urgência ao seu futuro. A Yamaha já estará a explorar, com discrição, a possibilidade de integrar Oliveira como piloto de testes, e marcas como BMW, Honda e Ducati seguem de perto os desenvolvimentos, reconhecendo o valor da sua experiência e capacidade técnica.
Apesar de uma transição para o Mundial de Superbikes representar um novo capítulo “limpo”, Oliveira demonstra preferência clara por se manter ligado ao desenvolvimento de protótipos, apontando para uma continuidade no MotoGP — ainda que fora da grelha principal. A atual fase de renascimento técnico da Yamaha, sob a liderança de Paolo Pavesio, torna-o um candidato ideal para afinar a M1, eventualmente ao lado de nomes como Andrea Dovizioso e Augusto Fernández.
Um regresso à Aprilia também está em cima da mesa — hipótese que Oliveira já admitiu publicamente. A sua experiência anterior com a estrutura de Noale, e a forte ligação criada ao longo de várias épocas, poderiam fazer dele muito mais do que um simples test rider. Poderia, de facto, tornar-se a ponte fiável entre os dados teóricos e o desempenho real em pista, sobretudo agora que Lorenzo Savadori permanece como único piloto de testes da marca italiana.
Independentemente da decisão final, um facto é claro: Miguel Oliveira está determinado a virar a página e a iniciar um novo capítulo na sua ligação ao MotoGP. Seja ao volante dos protótipos da Yamaha ou da Aprilia, a sua ética de trabalho e paixão pela competição continuarão a ser marcas registadas.
Num ambiente onde as decisões em frações de segundo moldam carreiras e reputações, o piloto português está pronto para influenciar o equilíbrio competitivo. O seu próximo anúncio poderá redefinir não só o seu percurso, mas também o futuro técnico das equipas envolvidas — e será observado de perto, tanto por fãs experientes como por novos seguidores do Mundial.
À medida que a narrativa para 2026 se desenha, o possível papel de Oliveira como test rider promete reconfigurar a elite do motociclismo — justamente num momento em que o WSBK também começa a captar mais atenções.