O Tottenham não sentiu grandes problemas perante o «temível» sintético do Bodo/Glimt, local onde várias equipas já tombaram nas últimas épocas, e venceu por 0-2.

Triunfo que permite aos spurs seguir para a segunda final europeia em seis anos. Depois de Liverpool, em 2019, os homens de Londres vão defrontar o Man United em nova final 100 por cento inglesa.

Desta feita, no entanto, o objetivo é contrariar a história... United tem 92 vitórias contra 57 do Tottenham em confrontos entre ambos, não obstante, no histórico recente, os spurs levam vantagem considerável: últimos seis jogos, quatro vitórias do Tottenham e dois empates.

Em relação à partida, o conjunto visitante não entrou adormecido, arrancou a partida a respeitar o adversário e o resultado acabou construído com naturalidade no segundo tempo. Um golo de Solanke e um golaço de Pedro Porro «mataram» a eliminatória.

Uma questão de respeito

O Tottenham, ciente das dificuldades que a maioria das equipas tiveram no Aspmyra Stadion, na Noruega (em 2025 estavam 100 por cento vitoriosos), entrou com vontade e não permitiu que o Bodo se colocasse confortável na partida.

Depois de um pequeno susto de Ole Blomberg ainda numa fase prematura da partida - acertou na malha lateral em boa posição, após um canto -, a equipa londrina não permitiu quaisquer oportunidades de relevo no primeiro tempo e esteve serena nos dois lados do campo.

De resto, foi mesmo Porro, de livre direto, que obrigou a Nikita Haikin à defesa mais apertada dos primeiros 45 minutos. O espanhol não conseguiu surpreender à primeira, mas sim à segunda (já vamos lá).

Antes, já na segunda parte e com ambos os técnicos a mexer na equipa, Dominic Solanke não perdoou. Num canto, Romero ganhou nas alturas, cabeceou tenso para uma zona perigosa para o guarda-redes e Solanke antecipou-se para desviar para o golo que, de forma quase definitiva, sentenciou a eliminatória.

Com o golo, os noruegueses mostraram-se desorientados e impotentes perante a capacidade do Tottenham em controlar o jogo (mesmo que sem bola durante grande parte da partida). Poucos minutos depois, a machadada final no jogo (e na eliminatória): Pedro Porro.

O ex-Sporting, num cruzamento-remate, colocou a bola com precisão numa zona onde o guardião não esperava e assinou um golaço. Talvez não tivesse o objetivo de marcar golo naquela zona, mas não deixa de ser o grande momento da partida.

Até final, o marcador não sofreu quaisquer alterações perante a incapacidade da equipa da casa em criar situações de perigo.