A participação do bicampeão mundial Diogo Ribeiro, da campeã europeia Camila Rebelo, de Francisca Martins e da regressada Diana Durães nos Mundiais de natação pura, em Singapura, é vista pela Federação Portuguesa de Natação (FPN) com "confiança e otimismo".

"Há mais confiança, há mais otimismo. Todos nós, ao competir, queremos estar entre os melhores. E eles têm estado entre os melhores. (...) Há fé de que podem fazer cada vez melhor, e nós cá estamos para aplaudir o seu esforço, por Portugal e pela natação portuguesa", diz à Lusa o presidente da FPN, Miguel Arrobas.

O líder federativo assume que o peso dos dois ouros conquistados em Doha 2024 por Diogo Ribeiro, aos 50 e 100 mariposa, além da prata em 2023, na distância mais curta, aumentam a pressão e o foco mediático na seleção portuguesa que só tem três pódios no seu currículo a este nível, todos pelo mesmo fenómeno.

"O Diogo Ribeiro habituou-nos a grandes resultados e a uma evolução que esperemos que continue. O Diogo pôs a natação nas bocas de Portugal e isso é também muito positivo. É normal que sobre ele recaiam grandes expectativas. No entanto, as suas expectativas são de conseguir um bom resultado, mas sem espaço para falhanços", conta.

Arrobas avisa que, nas distâncias que o nadador do Benfica vai alinhar, "a eliminatória é uma final, a meia-final é uma final, e a final é finalíssima".

"Tem de estar no melhor nas, esperemos, três etapas. Na final, tudo pode acontecer", resume, quando questionado sobre a expectativa no nadador de 20 anos.

Além de Diogo Ribeiro, Portugal terá três nadadoras, duas delas muito jovens mas já "duas grandes campeãs" aos 22 anos, nota o presidente da FPN, casos de Camila Rebelo, ouro europeu em 2024 nos 200 costas, e Francisca Martins, que recentemente somou um ouro e uma prata nos Jogos Mundiais Universitários, com recordes nacionais, nos 200 e nos 400 livres.

"Deram-nos bons indicadores nos Universitários, na Alemanha. Fica a dúvida sobre as viagens, próximas da prova. (...) Têm-nos habituado a um olhar para a competição que é invejável. Com grande fé, grande esperança num bom resultado", analisa.

Para a FPN, "o treino vai dar frutos", para todos, e realça o "triste momento há cinco meses" por que Martins passou, quando perdeu o pai.

"A forma como deu a volta à situação é, desde logo para nós todos, uma grande inspiração", admite.

Ao lado deste trio estará a mais experiente Diana Durães, a regressar de uma lesão "muito complicada" e de uma cirurgia ao ombro.

"Esperando que tenha dado uma viragem na sua vida nos últimos tempos, com lesões e problemas de saúde que a afastaram das grandes competições. Será sempre um exemplo de como lutou contra essas limitações, deu a volta e está ao melhor nível, mesmo que não seja o que nos habituou há uns anos", comenta Miguel Arrobas.

O primeiro dia, a madrugada em Lisboa de domingo para segunda-feira, começa logo com a presença de portugueses, com Francisca Martins em ação nos 400 livres e Diogo Ribeiro a começar a defender o ouro nos 50 mariposa; se se apurarem, disputarão as finais no bloco das 12:00, horas em Lisboa.

Na madrugada seguinte, é a vez da estreia de Camila Rebelo, nos 100 costas em que é campeã da Europa, e de Diana Durães, nos 1.500 livres, enquanto terça-feira fica reservada para Francisca Martins, nos 200 livres.

Diogo Ribeiro ocupa a madrugada de quarta-feira, 30 de julho, com os 100 livres, sobrando dia cheio para 1 de agosto, com Ribeiro (100 mariposa e 50 livres), Diana Durães (800 livres) e Camila Rebelo (200 costas) todos em ação.