
Fermín Aldeguer chegou este ano ao MotoGP depois de um percurso invulgar, no qual não chegou a ser campeão de Moto2 – e nem sequer competiu no Mundial de Moto3, tudo devido a decisões que teve de tomar por não ter dinheiro.
O piloto da BK8 Gresini, que na semana passada alcançou o seu primeiro pódio na classe rainha, fez um percurso de sucesso em Espanha com os títulos do Europeu de Stock600 e do Europeu de Moto2. A chegada ao paddock do MotoGP foi invulgar, pelo MotoE em 2021 – ano no qual disputou as primeiras corridas de Moto2.
A Boscoscuro ficou rapidamente convencida do seu talento e manteve-o até 2024, lutando por vitórias e pódios em 2023 e 2024. Entrou, aí, a Ducati, que o contratou para o MotoGP em 2025 colocando-o na Gresini.
Numa entrevista à MOW Mag, Aldeguer admitiu que, com um percurso normal, poderia ter outros títulos no currículo: ‘Teria gostado de fazer toda a minha jornada normalmente, porque sinto que com o meu potencial também poderia ter ganho outros títulos. Fiz a European Talent Cup e terminei o último ano em terceiro, mas quando era para dar o salto para o FIM JuniorGP não tive dinheiro para competir e a única opção foi seguir outro caminho’.
Seja como for, o #54 chegou onde todos os pilotos querem – ao MotoGP – e mais rápido do que poderia esperar, como referiu: ‘Se há cinco anos me dissessem que em 2025 iria estar no MotoGP, eu ia rir-me de vocês. Esperava chegar ao Mundial em 2022, 2023. Mas tudo correu tão rapidamente e agora estamos aqui. Melhor, certo?’.