
A derrota em Copenhaga, na passada quinta-feira, foi incontestável (1-0): a pior da era Martínez, segundo o próprio. Para continuar na Liga das Nações é preciso dar a volta ao rumo dos acontecimentos na segunda mão, apesar da história não estar propriamente a favor de Portugal.
De mãos dadas com o Playmaker, viajamos na história da seleção das quinas e analisamos todas as sete eliminatórias disputadas as duas mãos, para perceber o que o passado pode indiciar em relação ao futuro.
Os desaires
Logo à partida, há um dado que salta à vista: na única eliminatória que Portugal perdeu na primeira mão - tal como aconteceu na passada quinta-feira -, perdeu.
Aconteceu em 1962, no embate entre Bulgária e Portugal, onde o vencedor teria um lugar reservado no EURO 1964.
A turma de José Maria Antunes foi vergada na Bulgária, por 3-1; apesar de ter revertido o resultado na segunda mão (3-1), em Portugal, caiu por terra no terceiro e decisivo jogo (1-0) - realizado para tirar-teimas e apurar um vencedor.
Esta, contudo, não foi a única eliminação lusa em eliminatórias a duas mãos. Dois anos antes, Portugal bateu a Jugoslávia na primeira mão (2-1), mas foi goleado, duas semanas depois, em solo jugoslavo (5-1) e, assim, perdeu a oportunidade de estar no EURO 1960 - competição que a Jugoslávia terminou em segundo.
Confrontos de boa memória
O lado positivo? É que estas são as únicas eliminações. De resto, só motivos para celebrar.
A primeira passagem confirmou-se em 1959, diante da República Democrática Alemã, e o cenário repetiu-se por mais três ocasiões - todas neste século.
A Bósnia foi a principal prejudicada: duas vezes eliminada pela formação portuguesa.
Em 2009, duas vitórias pela margem mínima - sem a presença de Cristiano Ronaldo - foram suficientes; dois anos depois, um bis de CR7 e outro de Hélder Postiga contribuíram para a goleada na segunda mão, que fez esquecer o empate na primeira.

Para completar as eliminatórias vencidas - e aproveitando o balanço dado pelos golos do camisola sete de Portugal - fechamos com chave de ouro: hat-trick de Cristiano Ronaldo na Suécia, em 2013, a carimbar a passagem para o Brasil, no Mundial do ano seguinte.
A história está escrita, em capítulos melhores que outros. Este domingo, escreve-se um novo capítulo no Estádio José Alvalade.