
A Casa Ferreirinha, símbolo de excelência e tradição no universo dos vinhos do Douro (Portugal), e a Afrikanizm Art, start-up angolana dedicada à arte contemporânea africana, uniram-se para estrear em Angola a Big Bottle Week, uma semana que une o vinho ao talento de artistas angolanos.
Big Bottle Week, segundo uma nota enviada a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, é um evento inovador que fundiu o carácter distintivo das garrafas de formato Matusalém com a criatividade de artistas locais, proporcionando uma experiência sensorial completa e diferenciadora.
“A primeira edição da Big Bottle Week decorreu entre os dias 9 e 11 de Julho, tendo como palco três jantares exclusivos em três dos mais reconhecidos restaurantes da cena gastronómica nacional – Pimm’s, Casa de Sá e Viva Luanda, especialmente seleccionados para dar vida a esta celebração vínica e artística”, explica o documento.
Cada jantar, sublinha o comunicado, foi uma oportunidade única para degustar vinhos emblemáticos da Casa Ferreirinha como o Vinha Grande, Callabriga, Castas Escondidas e Quinta da Leda em versões de formatos Matusalém, acompanhados por menus de autor cuidadosamente harmonizados.
Entretanto, Big Bottle Week referiu o mesmo documento, propôs novo olhar sobre o ritual da prova, reforçando o posicionamento da marca como referência em sofisticação e promovendo uma experiência única em três jantares que uniram vinho, arte e gastronomia.
Nesta parceria singular entre a Casa Ferreirinha e a Afrikanizm Art, os artistas angolanos Josué e Daví Dombele assinaram uma homenagem visual e simbólica à riqueza cultural que une Portugal e Angola.
“Através da intervenção artística em cinco garrafas exclusivas, nasceu uma celebração de figuras históricas que, embora separadas por um oceano, partilham um legado de resistência, identidade e expressão”, salienta a nota.

“A Big Bottle Week foi uma extensão natural do espírito da Casa Ferreirinha, excelência, autenticidade e paixão pelo Douro”, aponta Filipe Neves.
Segundo o documento, Luís de Camões, Rainha Njinga, Mandume ya Ndemufayo, Diogo Cão e o Sê do Porto surgem reinterpretados através da lente contemporânea dos artistas, resgatam narrativas esquecidas e reafirmam a importância do bom gosto como ponto de encontro entre culturas.
“Mais do que objectos de colecção, estas cinco garrafas são testemunhos visuais de uma memória que insiste em dialogar entre o passado e o presente, entre o Douro e o Kwanza, entre a vinha e a voz dos povos”, sublinha.
Cada rótulo, diz a nota, é um tributo ao espírito da Casa Ferreirinha que, desde a sua fundação, tem procurado enraizar-se na tradição com visão de futuro. Ao valorizar a ligação entre dois territórios marcados por encontros e complexidades, esta colaboração transforma o acto de brindar num gesto de pertença, respeito e arte.
De acordo com o artista Josué Dombele, este projecto é, para “mim e para o Daví, uma oportunidade única de usar a arte como ponte entre memórias partilhadas. Ao intervir nas garrafas da Casa Ferreirinha, quisemos dar voz às figuras históricas que moldaram a nossa compreensão de pertença – tanto em Angola como em Portugal”, disse.
Cada traço, cada cor, reafirma Dombele, carrega um fragmento da herança, e transforma o vinho não apenas em bebida, mas em símbolo vivo de conexão, celebração e respeito mútuo.
Já o CEO da Afrikanizm Art, João Boavida, afirma que a arte tem o poder de reconectar histórias e criar novos espaços de diálogo entre culturas, e este projecto reflecte esse compromisso, sendo um brinde ao que nos liga, mesmo nas nossas diferenças.
“Esta colaboração com a Casa Ferreirinha representa um passo firme na valorização da produção artística africana contemporânea e na forma como ela pode reinterpretar símbolos do passado para gerar novos significados no presente”, acentua o CEO da Afrikanizm.