A Confederação das Associações Económicas (CTA) de Moçambique prevê volatilidade dos preços das matérias-primas, incluindo minerais estratégicos e combustíveis e incertezas sobre o futuro do AGOA – African Growth and Opportunity Act, como consequência das pressões externas agravadas pela guerra comercial global.

Em relação à volatilidade dos preços, segundo uma nota, a preocupação do sector privado moçambicanos prende-se com o facto de as commodities energéticas moverem-se em uníssono, qoe significa que, se a volatilidade dos preços das matéria-primas se verificar, afectará o preço de gás e LNG, que Moçambique exporta, à semelhança do carvão mineral.

“A guerra comercial global tem como foco os EUA e a China, com tarifas de até 145% impostas pelos EUA e retaliação chinesa até 125%, facto que contribui para desaceleração do comércio mundial e pressão sobre os preços de importação”, lê-se na nota a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve cesso.

De acordo com a CTA, no actual quadro geopolítico, aumentou o risco de fragmentação tecnológica e de restrições indirectas ao financiamento externo, sendo de salientar a o encerramento da USAID e do programa do Millenium Challenge Account por parte da Administração do Presidente norte-americano, Donald Trump.

“Como impactos directos para Mocambique, consta o fim de um fluxo médio de 600 milhões de dólares de ajuda através dos programas da USAID no país, e a suspensão do Millennium Challenge Account-Moçambique (MCA), que previa um pacote de 500 milhões de dólares para investimentos em infra-estrutura rural, cadeias de valor agrícolas e reformas institucionais, particularmente na província da Zambézia”, diz a CTA.

A não concretização deste apoio, considera o organismo, afecta directamente a execução de projectos estruturantes que beneficiariam milhares de pequenas e médias empresas moçambicanas, sobretudo nas áreas de transporte, irrigação e acesso à energia.