O banco DBS, sediado em Singapura, vai cortar os recursos humanos em “4000 ou 10%”, revela o CEO do banco, Piyush Gupta. Esta diminuição de trabalhadores vai ocorrer ao longo dos próximos três anos, à medida que as posições forem substituídas por Inteligência Artificial (IA), segundo explica o CEO, citado pela Agência Reuters.

Por outro lado, o líder da empresa conta que mil novas posições vão ser criadas para IA. Gupta está entre os primeiros dirigentes de grandes bancos a admitir o impacto da IA na possível perda de postos de trabalho, recorda a Reuters. Mais ainda, o líder do maior banco do sudeste asiático sublinha que, “em 15 anos como CEO, pela primeira vez”, está a ter “dificuldade em criar empregos”. Gupta lamenta que não consegue encontrar formas de redirecionar os trabalhadores para outros trabalhos.

A redução dos trabalhadores vai dar-se com o término a seu tempo de vários contratos temporários e a termo ao longo dos próximos anos, explicou a empresa em resposta à Reuters.

Promoções internas aceleram

O DBS anunciou também no passado dia 18, em comunicado, a promoção de quadros internos. Chen Ze Ling vai assumir a posição de diretor de Corporate and SME Banking do Grupo, saindo da posição atual de diretor de Corporate Banking em Singapura. Chen vai substituir Koh Kar Siong, que entretanto foi apontado como diretor de Auditoria do Grupo.

No campo das promoções, também Welson Jamin vai mudar de posição, para diretor de Operações do Grupo, deixando o cargo de diretor de Institutional Banking Operations and Centers Technology & Operations do Grupo, que ocupava até então. Vai reportar diretamente a Derrick Goh, recentemente nomeado COO do Grupo, uma posição inteiramente nova dentro da estrutura.

Também o próprio CEO está de saída do seu cargo ao fim de 15 anos. A 28 de março, Piyush Gupta é substituído por Tan Su Shan. Todas estas alterações têm efeito a 1 de abril.