A Indian Premier League (IPL) – a maior e mais valiosa liga de críquete do mundo – foi suspensa durante pelo menos uma semana, anunciaram as autoridades esta sexta-feira, devido a preocupações de segurança desencadeadas pela atual tensão entre a Índia e o Paquistão, uma vez que ambas as partes se acusam mutuamente de tentar uma série de ataques com drones no território uma da outra.

Numa declaração oficial, o Conselho de Controlo do Críquete na Índia (BCCI) anunciou a decisão de “suspender o resto da IPL 2025 em curso com efeito imediato durante uma semana”.

O BCCI disse que o conselho diretivo da IPL tomou a decisão depois de consultar os clubes da liga, que transmitiram a preocupação e os sentimentos dos seus jogadores.

Na quinta-feira, um jogo da liga que estava a ser disputado na cidade de Dharamshala, no norte da Índia, foi interrompido abruptamente após apenas uma hora de jogo, quando a Índia acusou o Paquistão de lançar ataques aéreos com drones e artilharia perto das regiões fronteiriças.

Antes da suspensão, a liga estava a aproximar-se da fase final, com o play-off e a final agendados para daqui a duas semanas.

Se a suspensão da liga se prolongar por mais de uma semana, a direção do críquete poderá ser obrigada a adiar os restantes jogos para o final do ano, devido ao calendário internacional de críquete que se encontra sobrecarregado.

Os jogadores paquistaneses não estão autorizados a participar na Indian Premier League desde a sua segunda época, em 2009, após os ataques terroristas em Bombaim no ano anterior. Por isso, o Conselho de Críquete do Paquistão organiza a sua própria Superliga Paquistanesa (PSL), que decorreu em paralelo com a IPL este ano. A PSL também foi afetada pelas tensões. Os responsáveis da liga foram obrigados a mudar um jogo de sítio depois de o estádio de críquete em Rawalpindi ter sido alegadamente atingido por um drone indiano. Na sexta-feira, no entanto, os responsáveis da liga anunciaram planos para transferir o resto dos jogos da PSL para os Emirados Árabes Unidos por razões de segurança.

(Com Forbes Internacional/Siladitya Ray)