A presidente da Assembleia Nacional de Angola, Carolina Cerqueira, por ocasião do dia 31 de Julho, Dia da Mulher Africana, ressaltou o importante papel das mulheres no fortalecimento da acção parlamentar que é essencial para a construção de democracias mais justas, representativas e inclusivas.

“A presença feminina nos parlamentos amplia as vozes e perspectivas sobre temas cruciais como igualdade de género, direitos sociais, saúde, educação e combate à violência”, disse Carolina Cerqueira, numa mensagem dirigida para todas as mulheres africanas.

Segundo a líder da Assembleia Nacional angolana, as mulheres parlamentares têm sido protagonistas na formulação de políticas mais sensíveis, às necessidades da população e na promoção de uma cultura política baseada no diálogo, na cooperação e na justiça social.

Nesta altura em que enfrentam novos desafios quanto ao futuro, em que os direitos de liberdades, sobretudo, o de manifestação colidem com os direitos de protecção à propriedade pública e privada, Carolina Cerqueira apela à serenidade e confiança às instituições do Estado legitimamente instituídas, a promoção de um diálogo inclusivo atento às diferentes sensibilidades da sociedade, com vista à construção de consensos que permitam consolidar o caminho que têm trilhados para o progresso sustentável e o desenvolvimento equitativo que todos almejam.

“O nosso Parlamento tem dado provas de uma cultura sensível ao género, implementando políticas pela igualdade e desenvolvendo acções e encontros de trabalho sobre a violência contra as mulheres, discriminação e o apoio das meninas para serem líderes nas suas comunidades e na política”, assegurou a responsável da Assembleia Nacional.

Carolina disse que estão atentos e comprometidos em prevenir a violência contra as mulheres e meninas através de leis e a aprovação de orçamentos que favoreçam programas sociais que beneficiem as famílias e a equidade do género.

Na actual legislatura no período 2022-2027, apontou, a representatividade das mulheres angolanas aumentou para 41,36%, o que representa um progresso em relação à paridade do género na representação política.

“As mulheres ocupam funções de decisão nos órgãos e organismos da Assembleia Nacional, com destaque para a presidência do órgão de soberania, presidência do conselho de administração, presidência de Comissões de Trabalho Especializadas como Economia e Finanças (5ª Comissão), Defesa, Segurança, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria (2ª Comissão), bem como da Família, Infância e Acção Social (8ª Comissão)”, referiu Carolina.

No entanto, a presidente da Assembleia Nacional de Angola salientou ainda que, 30 anos após a Conferência Mundial das Mulheres, realizada em Beijing, República Popular da China, a representação das mulheres nos parlamentos nacionais quase que duplicou, de 11,3% em 1995 para 27,2%, em 2025, “sendo certo que os dados actuais publicados pela União Interparlamentar apontam que a representatividade de mulheres presidentes de parlamentos passou de 10,5% para 23,7%”.