O famoso desenrascanço português é "uma característica fenomenal" quando se quer inovar e se precisa de resolver problemas. Quem o garante é Daniel Guedelha, CEO e fundador da GenH, uma empresa com sede na Suíça que ambiciona aproximar Big Pharma, startups e talento jovem na área da saúde.

Com 16 anos de experiência na indústria farmacêutica e um caminho que foi de estagiário na Novartis até ao posto de chief of staff, no podcast Luso Lab, o empreendedor português partilha ainda mais duas características bem portuguesas que são distintivas e podem ser muito positivas, se "usadas para o bem". Por um lado, o hábito de darmos feedback gratuito — se um prato não nos agrada, reclamamos, mandamos fazer melhor, "e isso é informação válida para quem nos serve melhorar", ao passo que um nórdico não come e simplesmente não regressa ao restaurante —, por outro, "a importância que damos à família, a nossa ligação aos valores culturais e aos laços afetivos", que nos une mais do que a média.

António Brochado Correia: “É fácil formar bons técnicos. Formar bons seres humanos é extremamente difícil.” Veja aqui o primeiro episódio desta temporada. 

São vantagens de que os portugueses, dentro ou fora do país, podem tirar partido para se tornar ainda melhores, acredita, assumindo, pela sua parte, o sonho de "tornar Portugal num grande hub europeu da indústria farmacêutica".

Convidado do novo episódio do podcast do Conselho da Diáspora, e que o SAPO é parceiro, lançado nesta semana nas plataformas habituais, Daniel Guedelha partilha a sua visão e o seu trajeto, uma viagem marcada pela curiosidade, persistência e propósito, numa entrevista conduzida por Francisco Carneiro, jovem conselheiro do Conselho da Diáspora Portuguesa e engenheiro de Dados na Agicap.

"O setor da saúde é uma área com enorme potencial e impacto", frisa o empreendedor, que juntando a inovação à vontade de "dar de volta à sociedade" fundou, em 2024, a Generation Health (GenH), cuja experiência quer usar para contagiar Portugal. E para que outras empresas lhe sigam o exemplo e o país assuma um lugar de hub na indústria farmacêutica, defende uma "estratégia proativa de atração de investimento estrangeiro, o fortalecimento do ecossistema biotecnológico nacional e uma maior valorização do talento português que está fora do país". E concretiza: "Há mais de mil portugueses altamente qualificados a trabalhar nesta indústria só na Suíça."

A Bolsa era a praia de Alexandra Brandão. Mas ela afirmou-se a liderar talento. Recorde aqui o episódio do podcast Luso Lab

Veja o episódio completo nas plataformas habituais e recorde o contributo dos anteriores convidados no Youtube, Spotify e Apple Podcasts do Conselho da Diáspora Portuguesa.