
Diogo Jota, futebolista internacional português, de 28 anos, perdeu a vida num trágico acidente que ocorreu na madrugada desta quinta-feira, dia 3 de julho, na A-52, região de Zamora, Espanha. Também o irmão, André, que ia na viatura, morreu aos 25 anos.
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O mundo do futebol esteve presente na vida de Diogo José Teixeira da Silva desde a sua infância, altura em que o pai, Joaquim Silva e os tios estavam no Sousense. “No quintal da avó partiu muitos vasos e plantas”, disse o pai do futebolista, na altura, ao Mais Futebol, citado pela TV Guia.
Diogo Jota chegou a revelar, ao The Atheletic, que os pais chegaram a tentar que se interessasse por outro tipo de desportos, mas tal esforço não resultou. “Quando tinha seis anos, o meu pai inscreveu-me na natação. Eu perguntei-lhe, a chorar, se podia, em vez disso, jogar futebol, porque era ao mesmo tempo. Preferia muito mais jogar à bola do que estar na piscina”, disse.
O futebolista recordou ainda a final do Euro 2004, quando tinha “sete anos” e falou sobre Cristiano Ronaldo: “Na altura, ele tinha 19 anos, mas já jogava no Euro com tanta qualidade”. Nessa altura, Diogo iniciou o seu percurso no Gondomar, onde brilhou nos relvados.
Joaquim, chegou a referir, à mesma publicação que o filho sempre se mostrou sensível para com as dificuldades dos pais: “Não era fácil ter dois filhos no futebol e pagar o que pagávamos. O Diogo nunca nos pediu nada. Nunca nos pediu ou disse que gostava de ter umas chuteiras de marca. Ele sabia que não era possível, já tinha essa sensibilidade. É por isso que sabe dar valor às coisas, valor à vida”, cita a TV Guia.
“Aos 16 anos, ainda estava a pagar para poder jogar à bola. Hoje em dia, os miúdos que têm 14 ou 15 anos já têm contratos profissionais, o que é uma coisa boa, mas não era o meu caso. Até aos 16, só jogava por diversão. Tinha a sorte de ter uma equipa onde éramos todos como uma família”, acrescentou.
“Nunca foi de jantaradas, saídas à noite, nada”
Um dos seus grandes saltos no mundo do futebol foi quando se mudou para o Paços de Ferreira, aos 16 anos. Contudo, Diogo teve algumas dificuldades no período inicial. Depois disso, Diogo Jota, competiu na I Liga e recebeu uma proposta do Atlético de Madrid, diz a TV Guia. Antes de ir para o estrangeiro, foi emprestado ao FC Porto e depois acabou por ir para o Wolverhampton, na Inglaterra. Em 2020, começou a sua jornada no Liverpool.
Na altura, em entrevista ao Mais Futebol, o pai não escondeu o orgulho que sentia no filho, recordando os primeiros treinos: “Lembro-me da primeira vez que o fui levar a Rio Maior aos treinos dos sub19. O primeiro treino, o primeiro jogo. Eu e a mãe nem fomos trabalhar nesses dias”, disse.
“Nunca foi de jantaradas, saídas à noite, nada. Ficava em casa. Eu até lhe dizia às vezes para ele ir. Para o Diogo, se houvesse futebol à tarde e Playstation à noite, estava ótimo. Demos-lhe, com grandes dificuldades, a primeira Playstation e não foi ele que nos pediu”, acrescentou.
Ao The Atheletic, Diogo, citado pela mesma publicação, revelou que o progenitor lhe havia dado a sua primeira consola. “Desde que o meu pai me deu a primeira Playstation como criança, foi como uma paixão minha. Sempre joguei futebol lá”, afirmou.
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Texto: Sofia Mendes Fotos: Redes sociais