O dia 19 de dezembro de 2022 ficará para sempre guardado na memória de Raquel Madeira, a mãe enlutada da artista portuguesa Claudisabel. A cantora perdeu a vida precisamente nessa noite, após um grave acidente de viação perto de Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal.
No momento da tragédia, mãe e filha estavam ao telemóvel. Foi, assim, que Raquel Madeira 'assistiu' ao momento no qual se viria a dar a morte de Claudisabel. Pela primeira vez, em exclusivo no programa de Júlia Pinheiro, na SIC, a mãe da cantora recordou a fatídica noite em que perdeu a filha.
Advogado de Claudisabel: "Ela preparava-se para ser mãe"
"[Ouvi] um estrondo e a continuação desse estrondo. Ele bateu-lhe, ela capotou e ele arrastou-a o tempo todo até ao precipício e a partir daí o telefone desligou. Há coisas muito, muito estranhas. A médica legista disse que ela teve morte imediata, mas as duas testemunhas ouviram-na gritar", começou por dizer Raquel Madeira.
"Foi tudo tão repentino! Era 1h35 da manhã quando o acidente aconteceu e ele vinha na faixa da esquerda, ele guia repentinamente para a da direita e apanha o canto traseiro esquerdo [do carro dela]. Ele bate, tomba-a e a seguir arrasta-a", detalhou logo depois a mãe da cantora.
Mãe de Claudisabel: "Não abriram o caixão, não vi a minha filha, só abraço a campa todos os dias"
Sobre o momento exato da morte, Raquel Madeira fez questão de esclarecer, com bases nas declarações do investigador do caso, que a filha teria sempre perdido a vida, quer tivesse ou não colocado o cinto. "Ela não teve hipótese, porque o impacto foi demasiado forte. Ela não tinha hipótese", afirmou, entre lágrimas.
Recorde-se que o carro no qual viajava Claudisabel foi abalroado por um guarda prisional. De acordo com a sentença, lida a 9 de dezembro do ano passado, o homem seguia com uma taxa de alcoolemia de quase 2 g/l no momento do acidente. O acusado foi condenado a três anos de prisão com pena suspensa e o Tribunal confirmou que atuou com negligência grosseira.