Citada pelo Psychology Today, Gurit Birnbaum, professora na Universidade Reichman, em Israel, revela com que frequência os casais devem ter relações sexuais para se sentirem felizes.

"Quando é bom, o sexo pode fazê-lo sentir-se satisfeito e relaxado. E, claro, as pessoas costumam fazer sexo não apenas porque estão excitadas, mas também porque isso promove a intimidade e aprofunda a conexão emocional", começou por explicar.

De facto, vários estudos têm vindo a revelar que parceiros que fazem sexo com frequência relatam maior satisfação no relacionamento e na vida.

Considerando esses benefícios, seria de esperar que quanto mais sexo faz, melhor ele vai ficando, certo? Bem, a ciência testou essa ideia.

Para um estudo recente, investigadores pediram a casais que aumentassem a sua frequência sexual. Inesperadamente, os casais que foram orientados a fazer mais sexo não relataram nenhum aumento na felicidade. Na verdade, foi o oposto: eles experimentaram um humor mais baixo e menos prazer no sexo.

Mas aqui está a questão: os casais deste estudo já tinham relações sexuais cerca de uma vez por semana, em média. Isto revela que forçar mais sexo, especialmente quando parece uma tarefa ao invés de um resultado de um desejo genuíno e espontâneo, pode ter desvantagens.

Como qualquer pessoa que já tenha tentado uma maratona sexual pode comprovar, sexo em excesso pode ser exaustivo. Mas não precisa de uma maratona de fim de semana para sentir o peso. "É da natureza humana acostumar-se às coisas boas da vida e passar a vê-las de forma menos positiva com o passar do tempo."

No caso do sexo, a frequência excessiva pode corroer a expectativa e a emoção que o tornam especial. Um dia, pode acordar a sentir que o sexo com o seu parceiro se tornou mais um item na lista de afazeres, algo entre "comprar leite" e "levar o cão à rua". Sim, pode ser um caso de excesso de uma coisa boa.

Então, qual é o ponto ideal? Estudos mostram que o aumento da felicidade nos relacionamentos causado pelo sexo parece estabilizar-se com cerca de uma vez por semana. Pessoas que fazem sexo com mais frequência do que isso não relatam ser significativamente mais felizes do que aquelas que fazem sexo semanalmente.

Um dos motivos para esse ponto ideal semanal pode ser o "efeito pós-sexo", no qual os benefícios da atividade sexual, incluindo uma profunda sensação de satisfação, podem persistir durante, pelo menos, 24 horas depois.

Esse efeito pós-sexo ajuda os casais a manter a intimidade entre os encontros, criando uma sensação duradoura de conexão que os leva ao próximo momento íntimo. Uma boa sessão, ao que parece, pode fazer toda a diferença.

De notar que nem todas as pessoas precisam de sexo para se sentirem felizes nos seus relacionamentos. Há pessoas que têm menor desejo sexual, identificam-se como assexuais ou simplesmente não priorizam o sexo - e, para algumas, essa é uma escolha gratificante, especialmente quando o parceiro partilha uma abordagem semelhante.

Essas pessoas podem expressar amor e afeição de outras maneiras e ainda assim sentirem-se profundamente satisfeitas uma com a outra. A chave, para qualquer casal, é a comunicação aberta sobre as necessidades de cada um e encontrar maneiras de as atender que funcionem para ambos.