Se estava a pensar fazer jejum intermitente, saiba que pode ter consequências positivas no que diz respeito à sua vida sexual.

Investigadores do Centro Alemão de Doenças Neurodegenerativas (DZNE) realizaram um novo estudo em ratos machos, chegando à conclusão de que o jejum intermitente aumentou o desejo sexual desses animais ao diminuir a concentração de um neurotransmissor no cérebro, a serotonina.

De acordo com o grupo de investigadores, este mecanismo também poderá acontecer nos humanos, o que significa que pode ser possível tratar a perda indesejada do desejo sexual desta forma.

"Estamos interessados ​​nos efeitos do jejum no envelhecimento. Usando os ratos como modelo, investigámos os mecanismos biológicos subjacentes. O nosso objetivo é obter mais informação que também possa ser relevante para os humanos", explicou o Dr. Dan Ehninger, líder do grupo de pesquisa da DZNE e autor principal do estudo.

"A falta de desejo sexual não é necessariamente interpretada como um problema, mas algumas pessoas sofrem com isso", acrescentou.

Note-se que, de acordo com a Cleveland Clinic, a falta de libido é bastante comum, afetando um em cada cinco homens e mais de metade das mulheres.

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No estudo da DZNE, os investigadores exploraram ainda de que forma o jejum intermitente afetava a descendência dos ratos e chegaram a um conclusão inesperada: a reprodução destes animais aumentou significativamente depois de passarem por uma dieta restrita, ou seja, a sua fertilidade aumentou.

Os machos seguiram a dieta ao longo de 22 meses. Quando finalmente foram apresentados às fêmeas, ficou claro que eles estavam mais do que prontos para se reproduzirem.

Aqueles que fizeram jejum durante pelo menos durante seis meses tornaram-se mais sexualmente ativos do que o grupo que comeu livremente. No entanto, um grupo que jejuou por apenas algumas semanas não apresentou o mesmo aumento na libido.

"É uma questão de comportamento", explicou Dan Ehninger. "Os machos em jejum tiveram mais contatos sexuais do que os ratos que podiam comer livremente. Por outras palavras, estes animais tiveram uma frequência anormalmente alta de acasalamento e, como resultado, um número anormalmente alto de descendentes para a sua idade".

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