
A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) reagiu ao Orçamento do Estado para 2025, proposto pelo Governo, resumindo que há «sinais de progresso, mas sem a ambição necessária».
Em nota à imprensa, elogia a «trajetória de redução de impostos sobre o trabalho e as empresas», nomeadamente as medidas para «atrair e fixar talento, como o IRS Jovem».
Esta entidade reconhece, ainda, «os esforços na redução das taxas de tributação autónoma e nos pagamentos por conta», mas sublinha que o caminho deve ser a eliminação ou a redução substancial.
Sobre o IRC, a AEMinho diz que a redução de 1% «não tem efeito nenhum», a mesmo que seja reveladora de «uma tendência de descida efetiva em quadros orçamentais futuros».
No documento assinado pelo presidente da AEMinho, Ramiro Brito, está escrito que a redução do IRC em 1% «não terá o impacto desejado na atração de investimento, nem libertará os recursos necessários para que as empresas possam investir em inovação, formação e na melhoria das condições dos seus colaboradores. É crucial um corte mais agressivo, especialmente em setores estratégicos como tecnologia e exportação, para promover um crescimento sustentado e a competitividade internacional».
Os responsáveis da AEMinho dizem que o orçamento demonstra «falta de incentivos robustos para a inovação, investigação e desenvolvimento»; e alegam que as grandes empresas foram «ignoradas» quando precisam «de ganhar escala» para competir noutros mercados.
Há um setor específico para o qual a AEMinho reivindica apoios que é a construção. Aponta a redução do IVA como «fundamental» para dinamizar a construção e reduzir custos.