
As cotações médias nacionais dos porcos das classes E e S registaram uma descida na semana de 21 a 27 de julho de 2025, com impactos igualmente sentidos no Alentejo. De acordo com os dados divulgados pelo Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA), verificou-se um decréscimo de 3 cêntimos por quilograma nas cotações à entrada do matadouro para ambas as classes, refletindo uma tendência nacional de queda nos preços dos suínos.
No caso específico do Alentejo, destacou-se a redução expressiva no valor dos leitões com menos de 12 kg, que desceram 25 cêntimos por quilograma. Também os leitões entre os 19 e os 25 kg viram o seu preço cair 5 cêntimos por quilograma.
Em termos médios nacionais, o porco classe E registou uma cotação de 2,39 €/kg de peso carcaça, representando uma descida de 1,6% face à semana anterior. Já o porco classe S apresentou um valor médio de 2,38 €/kg, menos 1,5%. As cotações dos leitões até 12 kg fixaram-se em 5,06 €/kg de peso vivo (-1,1%), enquanto os leitões de 19 a 25 kg foram cotados a 3,35 €/kg (-1,5%).
A nível europeu, os preços do porco classe E mantiveram-se estáveis em Portugal, situando-se em 241,22 €/100 kg de peso carcaça, de acordo com os dados da Comissão Europeia. Espanha, por sua vez, registou um valor de 221,86 €/100 kg, enquanto a média da União Europeia foi de 203,56 €/100 kg. O mesmo padrão manteve-se no porco classe S, com Portugal a atingir 232,12 €/100 kg.
Entre janeiro e maio de 2025, foram abatidos no país 2,14 milhões de suínos, representando um acréscimo de 2,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. No que diz respeito aos porcos de engorda, registou-se uma subida de 4,5% no número de cabeças abatidas e um crescimento de 5,5% em toneladas. Em contraciclo, os abates de leitões diminuíram 3,9% em número de animais e 4,1% em peso.
No comércio externo, o saldo da balança comercial do setor suinícola manteve-se negativo entre janeiro e maio de 2025, com um défice de 157,2 milhões de euros, agravando-se face ao mesmo período de 2024. A exportação de carne fresca ou refrigerada aumentou 21,4%, enquanto as exportações de carne congelada subiram 5,3%. Contudo, registou-se uma queda de 25% nas exportações de suínos vivos com mais de 50 kg.