A presença do Alentejo na EXPO OSAKA 2025 teve continuidade nos dias 10 e 11 de maio com uma programação rica e multifacetada que reforçou a identidade cultural da região e promoveu o diálogo entre tradição e inovação.

A iniciativa, dinamizada pela CCDR Alentejo, contou com o envolvimento de vários parceiros institucionais e culturais da região.

O Cante Alentejano, Património Cultural Imaterial da Humanidade reconhecido pela UNESCO, foi novamente protagonista, com múltiplas atuações do Rancho de Cantadores de Vila Nova de São Bento.

Os espetáculos, realizados tanto na praça exterior como na varanda do Pavilhão de Portugal, cativaram visitantes de diversas nacionalidades, demonstrando a universalidade desta expressão musical.

O dia 10 foi também marcado por momentos de reflexão cultural, com destaque para a conferência do professor Gengiro Ito, especialista japonês nas relações históricas luso-japonesas, que abordou documentos produzidos no Japão entre 1583 e 1587.

Seguiu-se a intervenção de Maria do Céu Ramos, presidente da Associação Évora 2027, que apresentou a filosofia do “Vagar” como uma proposta cultural do Alentejo para um mundo acelerado.

A 11 de maio, a programação continuou a aliar tradição e conhecimento. Após mais uma atuação do Rancho de Cantadores, a tarde foi dedicada à conferência da reitora da Universidade de Évora, Hermínia Vilar, que destacou o papel da instituição no desenvolvimento científico, na inovação e na internacionalização do Alentejo.

O ponto alto da participação aconteceu ao final do terceiro dia, com o concerto do cantor António Zambujo, acompanhado pelo Rancho de Cantadores da Aldeia Nova de São Bento, o espetáculo, que teve lugar na praça exterior do Pavilhão de Portugal, emocionou o público e foi amplamente aplaudido.

Durante os três dias de programação, os visitantes puderam ainda explorar uma exposição de réplicas dos Biombos Namban do século XVI, restauradas com apoio técnico da Biblioteca Pública de Évora, bem como conhecer o livro “Do Japão para o Alentejo”, de Tiago Passão Salgueiro, sobre a histórica Missão Tensho.

Além do Cante, estiveram representadas outras tradições culturais alentejanas reconhecidas pela UNESCO, como a Arte Chocalheira de Alcáçovas, os Bonecos de Estremoz e as Festas do Povo de Campo Maior.

Integrada na programação oficial do Pavilhão de Portugal, sob o mote “Ocean, The Blue Dialogue”, a participação alentejana reforçou a ligação entre Portugal e Japão, quase cinco séculos após os primeiros contactos.

O espaço oferece uma experiência multimédia imersiva e acolhe iniciativas culturais e empresariais que sublinham a importância do oceano como elo de união entre as duas nações.

A programação foi organizada pela CCDR Alentejo, com o apoio dos municípios de Estremoz, Campo Maior, Serpa, Vila Viçosa e Viana do Alentejo, bem como da CIMBAL, ERTA, ARPTA, ADRAL, Associação Évora 2027, Universidade de Évora e Biblioteca Nacional de Portugal / Biblioteca Pública de Évora.

A presença do Alentejo na EXPO OSAKA 2025 confirma a vitalidade e riqueza cultural da região, promovendo-a num dos maiores palcos internacionais da atualidade.