O Comando Regional de Emergência e Proteção Civil de Lisboa e Vale do Tejo promoveu, nos dias 21 e 23 de julho, um treino operacional para Coordenador de Operações Aéreas (COPAR), no âmbito da formação em “Operações Aéreas na Supressão de Incêndios Rurais – Desenvolvimento”. Esta ação teve como principal objetivo a atualização dos procedimentos e dos normativos em vigor para a execução da coordenação aérea, uma função considerada de extrema relevância na segurança das operações com meios aéreos. O papel do COPAR contribui não só para a eficácia das descargas durante o combate aos incêndios, como também para a eficiência geral da atuação dos meios aéreos envolvidos.

A formação contou com a participação de 30 operacionais certificados para o exercício da função de COPAR, provenientes de vários Corpos de Bombeiros das sub-regiões da Grande Lisboa, Lezíria do Tejo, Médio Tejo, Oeste e Península de Setúbal. O treino foi ministrado pelo Comandante Regional de Lisboa e Vale do Tejo, Elísio Oliveira, em conjunto com o Comandante da Força Especial de Proteção Civil (FEPC), José Realinho. As sessões formativas decorreram no Comando Nacional da FEPC, em Almeirim, e incluíram também uma visita técnica ao Comando Regional de Lisboa e Vale do Tejo.

Durante o treino, os participantes, organizados em dois grupos para garantir a presença contínua de COPAR nas sub-regiões mesmo durante a formação, tiveram a oportunidade de estabelecer contacto direto com os aviões bombardeiros médios (AVBM-T), estacionados no Centro de Meios Aéreos de Santarém. Estas aeronaves, integradas este ano no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), estão equipadas com capacidade para utilização de retardante, um recurso essencial no combate a grandes fogos florestais.

O apoio técnico e logístico prestado pela FEPC foi essencial para o sucesso do treino, permitindo aos formandos conhecerem novos equipamentos e capacidades operacionais, com especial destaque para a utilização de Heliskid, tanques insufláveis e bombas misturadoras de retardante. Esta iniciativa reforça a preparação e qualificação dos operacionais responsáveis pela coordenação aérea, numa altura em que o risco de incêndio se encontra particularmente elevado em várias regiões do país.