
O volume investido em certificados de aforro atingiu, no mês de junho, 37 817 milhões de euros, um valor recorde que traduz um crescimento de 11,4% face ao mesmo período do ano passado, segundo os dados divulgados pelo Banco de Portugal. Esta evolução representa mais 319 milhões de euros relativamente ao mês anterior, consolidando assim nove meses consecutivos de aumento nas subscrições destes produtos de poupança do Estado.
A procura por certificados de aforro registou um forte impulso em 2023, impulsionada pelas taxas Euribor elevadas, que tornaram esta solução de poupança mais atrativa para milhares de portugueses. No entanto, esta dinâmica sofreu um abrandamento a partir de junho do ano passado, momento em que o Governo decidiu substituir a série E pela série F, com uma taxa de juro inferior. Apesar desta alteração, que desmotivou muitos aforradores, o mercado manteve uma trajetória de subida, ainda que a um ritmo mais moderado.
Os certificados de aforro continuam a ser uma das formas preferidas dos portugueses para colocar as suas poupanças a salvo das oscilações do mercado financeiro, mantendo um papel relevante na estratégia de financiamento do Estado. O Banco de Portugal sublinha que este produto financeiro revela uma resiliência notável, apesar das mudanças nas condições de remuneração.
A alteração da série e a consequente diminuição da taxa de juro não travaram, para já, o interesse dos investidores, que continuam a procurar segurança e previsibilidade num contexto económico de incerteza. Este novo recorde nos certificados de aforro reforça a confiança dos aforradores nesta opção, evidenciando a importância destes títulos na poupança nacional.