COMO TUDO COMEÇOU. “Eu participei nas manifestações de 1 de maio em Aveiro e acabei por conhecer o Vítor Januário, que me convidou a participar nas reuniões da CDU. Eu tinha muito interesse por esse lado, gostava de explorar o lado político e tinha muita abertura a conhecer mais, e nesse processo acabei por ficar muito mais ingressada neste meio. Acabei por estar muito ligada ao sindicato da Lactogal, onde eu trabalho, e foi aí que acabei por participar nas manifestações para melhor qualidade de vida e acabei por me associar mais ao grupo. Eu sempre tive alguma vontade, até o ter seguido sociologia foi mais nesse sentido. Eu queria mudar alguma coisa, queria me dedicar mais a essa área social e da qualidadede vida das pessoas e, por isso, sempre tive um gramde interesse, mas a verdade é que realmente nunca o tinha concretizado, nunca me tinha ligado assim muito ao lado político, e foi muito recentemente, que ao conhecer o grupo, comecei a ligar mais à política."

A IDADE. “Acho que chamar pessoas mais novas acaba por estimular a política também para as pessoas mais novas. Nos últimos tempos, a política tem-se extremado à direita e não só as pessoas mais velhas, mais também às mais novas. Eu sinto que trazer um público mais novo é importante para transmitir esses ideais que estão um bocado perdidos e ligar a população que está a desconectar-se politicamente. Eu vivi os meus 25 anos em Santiago de Riba-Ul e acabo por sentir na pele as mudanças que eu gostava de sentir mesmo na freguesia. E acho que ter crescido num ambiente que antes tinha muita mais vida social e agora está-se a perder, faz com que eu repare nessas questões que não estão a ser tratadas, como a questão do Rio Ul, a ETAR do Salgueiro, que sãoproblemas que desde pequenina me lembro de existirem. Acho que a CDU está a tentar focar-se nesse lado mais social, mais cultural, mais na qualidade de vida das pessoas.”

UNIÃO DE FREGUESIAS. “Temos de nos focar na autonomia de cada freguesia. Cada freguesia tem uma cultura, tem centros sociais muito diferentes e problemas de mobilidade e isso tem de ser explorado, tem de ser visto. Ainda estamos a tratar dos nossos programas nesse sentido, pois queremos ir ter com as pessoas e perceber o que é que é preciso fazer. A CDU procura esse contacto de proximidade com a comunidade, porque a CDU é para as pessoas, é para o povo. Acho que muitas vezes é ignorado as questões da qualidade de vida das pessoas e o bem-estar. O cariz económico está sempre à frente, mas às vezes é ignorado o quão importantes as pessoas são e quão ligadas elas estão. As pessoas são compradoras, a felicidade delas está ligada à produtividade. Às vezes sentimos que as pessoas para escapar num fim de semana, vão para longe, até numa tarde vão para fora da freguesia, fora do concelho. Acho que devíamos semear mais essa comunidade, esse bem-estar dentro da freguesia.”

FRAGILIDADES. “A questão dos transportes é muito importante, dado que a população idosa e os mais jovens acabam por não conseguir deslocar-se e explorar a sua freguesia, o seu concelho. Há questões que precisam de ser tratadas. Acho que a questão do Rio também é muito importante e acaba também por se ligar ao bem-estar, é uma questão de saúde pública mesmo muito problemática. Acho que esse é um problema que tem de estar muito no centro. Foi construída uma nova etar, quando se calhar as etares que tínhamos podiam ter a capacidade para lidar com a população que tínhamos, só que não estão a ser tratadas, devido à questão que já foi referida de problemas das empresas que não estão a seguir alegadamente a lei, por isso, são questões que têm de ser tratadas a pente fino.”

CDU. “O nosso foco é nas pessoas, temos uma evidente preocupação com o bem-estar, pois acreditamos que ele é responsável por trazer produtividade, além de trazer mais pessoas para o concelho. Existe uma esfera que tem de ser vista de todos os lados e que tem de ser desenvolvida em conjunto e isso não está a aconetcer. A principal bandeira da minha candidatura, é o foco em trazer o bem-estar, o desenvolvimento para, posteriormente, melhorar a vida dos habitantes."

PORQUÊ FRANCISCA CORREIA? “Eu quero o melhor para os habitantes, eu genuinamente acho que o Oliveira de Azeméis podia ser um centro social, podia ser algo maior, tem tanta cultura, tantos grupos sociais, o desporto, somos tão elevados em tantas áreas que é triste que o desenvolvimento da vida das pessoas não acompanhe. Sinto mesmo que temos de puxar por esse lado, que o bem-estar não é só para alguns. Sinto de certa maneira, que certas atividades e certos eventos, estão direcionados só a um certo local e que a acessibilidade para muitos é pouca, ou até a nível económico, essas questões acabam sempre por denegrir a vida de muitos. Temos de lutar para alcançar o bem-estar das pessoas, para que elas sintam aquele espírito de comunidade.”