O Ministério do Ambiente e Energia vai apresentar esta segunda-feira um pacote de 31 medidas, avaliadas entre os 300 e 400 milhões de euros, que pretendem evitar que o país volte a parar caso se repita um apagão como o de 28 de abril.

O MAE aponta cinco áreas de intervenção: resiliência e segurança do Sistema Elétrico Nacional; planeamento de rede célere e eficaz; aceleração das renováveis; capacidade de resposta de infra- estruturas críticas e colaboração internacional.

Entre as medidas, está destinado um programa de apoio para a melhoria da resiliência energética em infraestruturas críticas, como os hospitais, que vão ter um incentivo à produção própria, com a instalação de painéis solares fotovoltaicos e de sistemas de armazenamento.

O programa visa evitar dificuldades como as ocorridas no Hospital dos Capuchos e na Maternidade Alfredo da Costa, ambos em Lisboa, durante o apagão, para que estas infraestruturas deixem de estar totalmente dependentes do abastecimento de combustível.

O Ministério vai também promover um estudo de avaliação ambiental estratégica para as «zonas de aceleração de energias renováveis», com a criação de um ‘mapa verde’ do país de forma a identificar em que regiões é seguro avançar com alternativas à produção tradicional e de origem fóssil, sem colidir com «a biodiversidade, a conservação da natureza, a atividade agrícola e o conforto das populações».

O grupo de peritos da Rede Europeia de Operadores de Transporte de Eletricidade que investiga o apagão já sinalizou como causa mais provável um aumento de tensão em cascata, um fenómeno técnico inédito na Europa.