Um dilema nacional. Todos os anos temos uma enorme tragédia nacional dos incêndios florestais. Todos os anos esta tragédia é atribuída ao comportamento do ser humano e nunca aos enormes erros no ordenamento do território e as espécies florestais que dominam a nível nacional. O fogo sempre fez parte da natureza. O problema nacional é [...]

Um dilema nacional.
Todos os anos temos uma enorme tragédia nacional dos incêndios florestais.
Todos os anos esta tragédia é atribuída ao comportamento do ser humano e nunca aos enormes erros no ordenamento do território e as espécies florestais que dominam a nível nacional.
O fogo sempre fez parte da natureza.
O problema nacional é que temos o recorde europeu da área ardida em relação á dimensão do país.
Esse record é fruto da total falta de ordenar a floresta com as chamadas espécies florestais bombeiras ,isto é resistentes ao fogo, como os carvalhos, medronheiros,
castanheiros, vidoeiros, sobreiros etc.
Os eucaliptos e os pinheiros, espécies exóticas, que povoam principalmente o norte e o centro do país, são duas espécies florestais amicíssimas do fogo.
Os eucaliptos não só são uma espécie amicíssima do fogo,com o vento podem incendiar a dois ou três quilómetros de distância, dado que as folhas e a casca são materiais lenhosos de combustão lentíssima.
É um dos grandes culpados da dispersão de novos focos de incêndios.
Os pinheiros bravos, como todas as espécies florestais resinosas, são amicíssimos do fogo. Não foi por acaso que o rei D.Dinis os plantou junto ao mar, em Leiria, onde a humanidade e temperatura lhe são mais favoráveis.
Com a evolução das alterações climáticas, a maior guerra mundial que colocam em risco a existência da própria humanidade,a grande maioria dos pinheiros e eucaliptos do centro e norte do País têm os dias contados, independentemente dos meios utilizados.
É uma tragédia que nos vai acompanhar infelizmente nos meses de Agosto,Setembro e Outubro.
Falta-nos a educação cívica e o sentido crítico do tipo de floresta e ordenamento do território que temos para minimizar as crescentes alterações climáticas.
TEXTO:
António Campos
Fundador do PS