
No centro do Montijo existe uma associação centenária que se dedica à preservação da cultura e tradições dos pescadores do município. Fundada a 2 de março de 1913, a Sociedade Cooperativa União Piscatória Aldegalense (SCUPA) situa-se no bairro dos pescadores e foi fundada com o “objetivo cooperativo entre as gentes da classe piscatória, que através de contributos mensais iria criar um mealheiro que servia para abastecer a classe quando esta ia em campanhas pelo Rio Tejo ou quando o ano de faina não era o melhor”.

Mais de 112 depois da sua fundação esta coletividade continua a ser o ponto central da vida piscatória do Montijo, dedicando-se agora também a atividades como o Turismo, promovendo, em parceria com a Câmara Municipal, passeios de barco no Rio Tejo. É também uma paragem obrigatória durante as Festas Populares de São Pedro, sendo a sardinha assada uma especialidade incontornável da banca estabelecida em frente à sede da associação.
O Diário do Distrito esteve presente no almoço anual da Classe Piscatória promovido pela SCUPA, onde se congregaram várias figuras da cidade, entre pescadores, trabalhadores dos estaleiros, a Polícia de Segurança Pública, bombeiros e políticos eleitos na autarquia. No almoço, os sócios da coletividade juntam-se para preparar e servir pratos tradicionais dos pescadores da antiga Aldeia Galega, como é o caso da caldeirada à fragateiro ou as massas de peixe.

Neste evento marcaram presença figuras como a Presidente da Câmara do Montijo, Maria Clara Silva (PS), o presidente da Junta de Freguesia do Montijo e agora candidato independente, Fernando Caria e o vereador Joaquim Correia (CDU). O presidente da SCUPA começou o discurso com um agradecimento aos presentes, passando depois a congratular figuras históricas da associação, como foi o caso dos sócios número 7 e número 8, dois pescadores reformados que “muito contribuíram para a coletividade”.
Já a atual Presidente da Câmara Municipal do Montijo, Maria Clara Silva, falou numa coletividade que “eleva a cultura do Montijo e dos pescadores do Montijo”, mantendo viva a tradição piscatória. O maior aplauso foi para os associados que estiveram na linha da frente da confeção da comida que foi servida neste almoço, elevando assim a preparação e organização de uma coletividade que mantém vivo o verdadeiro Montijo.