
A WWF Portugal e o FSC Portugal anunciaram a reformulação do prémio Green Heart of Cork (GHoC), que passa a designar-se GHoC+ e que pretende abranger um maior número de produtores florestais com boas práticas de gestão do montado de sobro e azinho. A distinção será atribuída anualmente a partir de 2026 e incluirá três novas categorias, com candidaturas a abrir em janeiro e entrega de prémios prevista para junho.
Criado em 2011, o prémio tem vindo a distinguir produtores que promovem a conservação da maior mancha de montado do mundo, localizada na margem esquerda do rio Tejo, abrangendo também áreas do Alentejo. Até ao momento, já foram entregues 45 prémios, num total de 79 mil euros.
A nova estrutura do prémio integra as categorias GHoC+ Clássico, GHoC+ Certificação e GHoC+ Eco. As distinções pretendem valorizar, respetivamente, a gestão responsável e a conservação da biodiversidade; a expansão da certificação FSC em áreas de montado; e práticas avançadas de restauro ecológico e prestação de serviços dos ecossistemas.
A diretora executiva da WWF Portugal, Ângela Morgado, destacou a importância da iniciativa para «estimular as boas práticas ambientais e sociais», reforçando o envolvimento de produtores e empresas. Por sua vez, Joana Faria, diretora executiva do FSC Portugal, sublinhou o crescimento da área certificada de montado de sobro e azinho em Portugal, que passou de 60 mil para mais de 168 mil hectares.
Segundo a WWF Portugal, o GHoC+ continuará a reconhecer proprietários rurais que contribuam para a melhoria dos serviços dos ecossistemas, como a recarga do aquífero da Bacia do Tejo-Sado, que abastece cerca de 1,5 milhões de pessoas.