
Está em fase de consulta pública o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do projeto de ampliação da Área de Localização Empresarial de Alcácer do Sal, promovido pela Câmara Municipal local.
A expansão abrange um terreno de 13,12 hectares contíguo à atual zona empresarial, situada a cerca de dois quilómetros do centro da cidade, totalizando uma área de intervenção de 34,83 hectares.
O projeto visa responder à ocupação total dos 21,71 hectares já existentes e à crescente procura por parte de empresas interessadas em instalar-se no concelho. De acordo com o EIA, consultado pelo Jornal ODigital.pt, a intervenção inclui a criação de 10 novos lotes destinados a diferentes tipos de atividade económica, como comércio, oficinas especializadas, armazenamento, logística e várias formas de fabrico.
Entre as infraestruturas previstas, destacam-se a construção de uma estação compacta de tratamento de águas residuais (ETAR), um parque solar com 225 painéis fotovoltaicos, cinco postos de carregamento para veículos elétricos, redes de abastecimento de água, gás, eletricidade e telecomunicações, bem como arruamentos, zonas verdes e estacionamentos. O investimento total estimado ronda os 4 milhões de euros.
Segundo o EIA, o projeto contribuirá para a dinamização económica do concelho, nomeadamente através da criação de emprego, da valorização do tecido empresarial local e da diversificação da base industrial. Estima-se que, na fase de exploração, possam ser assegurados até 659 postos de trabalho.
A avaliação ambiental identificou impactes negativos pouco significativos na maioria dos descritores analisados, tanto na fase de construção como de exploração. Foram, no entanto, propostas medidas de minimização e valorização, como o transplante de espécies botânicas endémicas, o acompanhamento arqueológico durante as obras e a monitorização da qualidade do ar, do ruído e dos recursos hídricos.
O projeto insere-se em solo urbano classificado como «Espaços de Atividades Económicas» no Plano Diretor Municipal e não se localiza em áreas ambientalmente sensíveis. Ainda assim, está próximo da Zona Especial de Conservação do Estuário do Sado, razão pela qual foram incluídas medidas específicas de preservação ecológica.
A consulta pública do Estudo de Impacte Ambiental decorre até 28 de agosto de 2025.