O flagelo dos roubos da cortiça das árvores, e muitas vezes a destruição das árvores começou este não mesmo antes da época da tiragem de cortiça, que se deverá iniciar após o dia 15 de junho.

Um dos casos ocorreu na propriedade de Ana Durão, que detém uma herdade junto aos Foros de Lagoiços, no Couço, e que na passada quarta-feira, foi vítima do roubo da cortiça de diversos sobreiros, sendo que várias árvores ficaram também danificadas.

Apesar da sua mãe lá viver, nem isso impediu que um indeterminado número de pessoas entrasse na propriedade e munidos de ferramentas tivessem retirado cortiça, de forma indiscriminada e em sobreiros que não tinham ainda completado o ciclo dos nove anos.

A viver em Setúbal, e a sua irmã nas Caldas da Rainha, Ana Durão lamenta que a GNR “não consiga ter uma presença mais efetiva”, considerando que apesar dos diversos alertas “começam já a desvalorizar a situação”, que no seu entender mais que o roubo da cortiça, pode colocar em causa a segurança da sua progenitora.

“A cortiça que foi roubada era para ser retirada em 2028, agora temos um prejuízo enorme e as árvores danificadas”, acrescentou.

Segundo a proprietária, a GNR esteve no local, efetuou perícias, mas dificilmente vão ser apanhados os responsáveis por mais esta situação.

Ao NS o relações públicas da GNR de Santarém salientou que de momento a situação dos furtos de cortiça “não foge à normalidade”, salientando que os militares estão empenhados nas investigações e atentos ao fenómeno.

O Tenente-coronel Nobre refere ainda que apesar do Destacamento de Coruche ter um reduzido número de militares do Serviço de Proteção da Natureza – SEPNA, não são somente esses elementos que efetuam estas investigações, pelo que todas as valências da GNR estão empenhadas e atentas ao fenómeno que nos últimos anos tem acarretado elevados prejuízos aos proprietários.